EDITORIAL
O reino da mentira
Confira o Editorial do Jornal A TARDE
Por Editorial
A ambiguidade “liberdade x censura” implica necessária coexistência dos dois conceitos, sem autoproclamar-se livre a consciência incapaz de conter narrativas, escolhendo-se as corretas, no entanto, o primitivismo de lógica de Mark Zuckerberg impede ao head da Meta admitir seu tatibitate intelectual. Na tentativa de pensamento do fã de Donald Trump, não há como conciliar os polos, rejeitando a figura de metáfora por meio da qual só há sombra se gerada por alguma luz.
Resultado de intenção não-declarada ou de torpe tartamudear, causou espanto o anúncio de suspeitíssima desarticulação do já frágil sistema de verificação de conteúdos assinados pelos usuários de facebook, whatsapp, instagram e threads, arguindo-se a defesa de genuína expressão.
Denegando a responsabilidade pelos efeitos das publicações, alardeou o sujeito a substituição pela mecânica chamada “notas da comunidade”, incentivando convivas virtuais a adicionar contestações, em cego tatear de incertezas. Até a memória da juventude do Vale do Silício, autora das libertárias engenhocas, nutriu o traiçoeiro discurso, prenhe de desamor à verdade, em abjeta “antifilosofia”, carregando ânsias de náusea.
Arriscou, sem autoridade moral ou epistêmica, a presunção de convívio pleno, a ponto de as pessoas debaterem livre e educadamente seus pontos de vista e versões.
O abre-alas ao reino da mentira, destampando-se as desgraças de nova jarra de Pandora, cai bem para a volta do discurso de ódio nos Estados Unidos, tendo o presidente eleito ameaçado, dias antes da posse, a ocupação da Groenlândia e do Canal do Panamá, além de anexar o Canadá. Serviria a internet não para incentivo à libertação, ao contrário, pode atuar como aríete da terceira guerra, banalizando querelas nucleares, em tática “tecnofascista” de culto à estupidez.
Não vai prosperar no Brasil a perfídia do “webman” pois os poderes da democracia já se revelaram atentos à manobra, em plena claridade solar, contrariando fantasia maliciosa de “cortes secretas” e outras tontas diabolices.
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