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Opinião - O voto e o pênalti

Como toda ideia, a democracia só é perfeita quando a pensamos

Por Da Redação

22/07/2024 - 0:00 h
Confira o Editorial do Jornal A TARDE desta segunda-feira, 22
Confira o Editorial do Jornal A TARDE desta segunda-feira, 22 -

Como toda ideia, a democracia só é perfeita quando a pensamos, revelando seus não poucos erros ao materializar-se, no entanto, este é o melhor dos sistemas políticos, pois aristocracias, tiranias e ditaduras são repugnantes.

A escolha pelo voto direto e secreto, na proteção das urnas eletrônicas, testadas exaustivamente – e aprovadas – não tem concorrência com outras formas de governo, consagrando o Brasil o método campeão de selecionar seus representantes.

Com o início do período de convenções partidárias, despontam as candidatas e candidatos nas próximas eleições municipais, um novo momento para a cidadania sufragar aquelas e aqueles praticantes das virtudes mais valiosas.

Os adeptos da justiça reparadora, proporcional ou geométrica, têm a oportunidade de ampliar a participação das mulheres, das pretas e pretos, e dos indígenas, levando em conta a necessidade de equilibrar os parlamentos.

Quem prefere votar pelo mérito, acreditando largarem todas e todos do mesmo ponto de partida, portanto, em condições de igualdade, pode ao menos verificar se a (o) postulante atende requisitos do conhecimento, da coragem e da moderação.

O gesto cívico do sufrágio equivale, se fosse jogo de futebol, à bola colocada na marca do pênalti e quem vai bater é o eleitor, tendo boas chances de lavrar um belo tento, mas também poderá chutar de canela pela linha de fundo.

Os disfarces, muitas vezes, dificultam verificar se as candidaturas são vinculadas aos extremismos de conservadores, exigindo toda atenção para verificar se integram esquemas voltados para proteger interesses mesquinhos.

Deve dar exemplo ao país a cidadania baiana, por ter derramado sangue para “nunca mais o despotismo” reger nossa nação, daí a expectativa de eleger aqueles e aquelas comprometidos no combate às desigualdades.

Vale verificar se há preocupação em proteger o resto de natureza; diante do contexto social, é importante avaliar propostas de distribuição de renda; e pensar muito bem se segurança, saúde e educação têm chances de melhoria.

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Tags:

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