EDITORIAL
Os homens, pelas mulheres
Sai a briga ‘homem x mulher’, entra a aliança pela paz e redução das desigualdades

Por Redação

O Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, hoje, representa o momento apropriado para repensar a oposição entre os sexos biológicos, como se adversários fossem.
Há uma nova bandeira, expressa no “laço branco”, representativo deste dia. A palavra de ordem, agora, implica unir o protagonismo da luta pela paz nos lares. Estão neste projeto todas e todos, mulheres e homens, além das outras variações representadas na sigla LGBTQIAPN+.
Este pressuposto representa um grande salto na corrida pela redução das desigualdades. Sai o rancor da briga entre homem x mulher; entra a aliança contra a violência, esta sim, a verdadeira inimiga.
Para integrar os homens, é preciso ampliar a consciência de como são benfazejas a paz, o diálogo e a compreensão. É preciso transformar os homens em ativistas da mesma utopia, antes exclusiva das feministas. Porque um convívio amistoso, ameno, afetuoso, faz bem para quem nele está envolvido, independentemente do nível de testosterona.
Já chega a 50 o número de países alcançados pelo movimento de convite aos homens para apoiarem as mudanças de comportamento. O chamado convence as mulheres convictas da importância de derrubar o patriarcado – sistema de dominação no qual os homens detêm os poderes.
Sem abdicar do enfrentamento ao qual dedicam sua vida, devem as ativistas dirigir suas energias para tentar acolher os homens igualmente inconformados, ao perceberem os prejuízos causados também a eles pela perseguição às mulheres.
Há táticas diversas de compartilhar o desejo de mudar o mundo ainda marcado por feminicídios, ofensas, assédios e estupidezes, agredindo desde a menina à anciã mais longeva. Entre elas, uma das de maior poder de convergência é o trabalho reprodutivo.
A condição de pai é um poderoso atalho para o homem desenvolver a empatia de verificar o quanto uma mulher se doa na criação de um filho. Existem outras, basta boa vontade visando enterrar o triste paradigma da violência entre casais.
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