Paz na Palestina | A TARDE
Atarde > Opinião

Paz na Palestina

Confira o Editorial do Jornal A TARDE

Publicado terça-feira, 26 de março de 2024 às 00:00 h | Autor: Editorial
Imagem ilustrativa da imagem Paz na Palestina
-

A inédita resolução por um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza deve ser saudada como um avanço, considerando por acréscimo a histórica abstenção dos Estados Unidos, mas é preciso incentivar o debate nas Nações Unidas, visando um acordo definitivo favorável à autonomia do Estado palestino.

A suspensão dos bombardeios de Israel, pedida pelo Conselho de Segurança, pode proteger a população civil sob ataque, incluindo hospitais e maternidades, no entanto, o grupo Hamas, responsável pelo início deste conflito, tem de cumprir a sua parte e libertar todos os reféns.

O contexto explosivo na região, dividida por uma complexa geopolítica em desequilíbrio, privilegiando o poderio bélico, pede atuação diplomática eficiente e boa vontade por parte das lideranças políticas.

A tentativa de paz coincide com o rito religioso do Ramadã, previsto para até 9 de abril, entre os árabes, e o feriado festivo de um desfile de fantasias nas ruas de Jerusalém, assemelhado ao Carnaval.

Apesar de 14 países terem se unido, sob liderança de Moçambique, com apoio de Rússia e China, para interromper a carnificina, não está garantida a trégua porque os israelenses insistem na narrativa inflexível baseada na doutrina "sionista" radical.

Neste sentido, uma delegação judaica ficou de desembarcar hoje mesmo em Washington a fim de mover gestões, junto ao governo estadunidense, com objetivo de continuar com as hostilidades.

O fato de ter validades jurídica e moral não sustenta o cumprimento da indicação de cancelar as ofensivas, mesmo já tendo sido abertas 32 mil covas para enterrar os corpos de moradores indefesos.

Os militares sionistas alegam o risco de esmorecer porque teriam os seus adversários buscado acoitar-se entre pacientes de unidades de saúde, explicando-se assim os senhores da guerra aa desproporcionais agressões.

Não se pode justificar, sob nenhum prisma, a repressão à ajuda humanitária, conforme tem sido praticada, causando a morte de crianças por desnutrição.

Publicações relacionadas