EDITORIAL
Pedágios abusivos da Via Bahia
Confira o Editorial do Jornal A TARDE
![Imagem ilustrativa da imagem Pedágios abusivos da Via Bahia](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1270000/1200x720/Pedagios-abusivos-da-Via-Bahia0127855700202407152302-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1270000%2FPedagios-abusivos-da-Via-Bahia0127855700202407152302.jpg%3Fxid%3D6291928%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721189992&xid=6291928)
O abuso, relacionado aos péssimos serviços prestados por concessionárias responsabilizadas pelo estado precário de rodovias na Bahia, tem como efeito positivo a indignação geral, produzindo uma cidadania mais atenta.
Reportagem de manchete de A TARDE permitiu a livre manifestação dos sujeitos deste convívio difícil, embora nem todos tenham aproveitado a oportunidade de voz, sinalizando uma possível desfaçatez de empreendedores.
De buracos em crescimento a desníveis ao grau de crateras, a situação pode tornar-se educativa no sentido de fazer os usuários das estradas mobilizarem os recursos possíveis a fim de verificar quem vem ganhando – e não é pouco.
O bom negócio apenas para um lado, o das empresas, fica demonstrado na expansão do número de tickets pagos, ao número de 701 mil, somente nos pedágios da Via Bahia, região metropolitana de Salvador, no ir e vir dos carros.
Verifica-se, portanto, forte indício de imoralidade, embora de um ponto de vista legal, a dita companhia tenha conseguido abortar o processo de extinção do contrato, movido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres.
A ação foi contida por uma decisão judicial, possivelmente muito bem sustentada, pois para os leigos é de um absurdo flagrante o fato de se conceder o privilégio, à guisa de um golpe lesivo ao erário e aos bolsos.
Por outro viés, não se pode sustentar o fato de o contribuinte pagar caro em ajuste anual de imposto de renda e tributos embutidos em produtos e serviços, tendo ainda de ser bitributado ao passar por caríssimas catracas dos espertos.
O custo e a sensação de trapaça aumentam quando se precisa levar o veículo às oficinas mecânicas para troca de peças, notadamente as necessárias para o funcionamento da suspensão, mas há danos desde a carroceria ao motor.
A empresa lucra em escalada sem oferecer proporcional contrapartida, o que leva motorista e passageiros a pagarem pelos consertos e ainda a se colocarem em risco permanente ao usar as estradas mal cuidadas para os deslocamentos.
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