EDITORIAL
Perigos no mar
Confira o Editorial do Jornal A TARDE desta quarta-feira, 3
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O maior rigor na fiscalização da conduta de proprietários e pilotos de embarcações e as ações repressivas, nos casos de descaro e desobediência, são necessários para evitar a repetição de acidentes, como o resultante em dois mortos, na ilha de Boipeba.
Seguir tal estratégia induz à sensação óbvia e ululante, uma vez ter tido o delegado de polícia o rompante de sinceridade, ao confirmar a reincidência de embriaguez no causador do sinistro, evitável, portanto, se o indigitado já estivesse impedido de pilotar.
Adepto fiel à bebida alcóolica, apesar dos riscos da ingestão, o acusado foi detido, em flagrante perfeito, no entanto, não seria preciso chorar os familiares pelas perdas, se o autor fosse proibido de voltar ao mar, devido ao contumaz e infeliz abuso do aditivo.
O passeio oferecido, chamado “Volta à Ilha”, terminou nos funerais, após a colisão da nau com uma lancha na qual viajavam 12 passageiros, produzindo o funesto desfecho de óbitos, além de uma mulher, inicialmente desaparecida, em seguida resgatada.
As ondas e os contornos de rara beleza inspiram navegação plena e segura, em um dos locais mais privilegiados do planeta, dispensando os excessos, como o verificado no episódio a manchar de grená as águas, ora azuis, ora cristalinas do Baixo Sul.
O crime de “expor ao perigo embarcação própria ou alheia causando naufrágio” sugere levar a 12 anos de detenção, se condenado o pateta, apenas um, entre possíveis outros “comandantes” indo e vindo nos caminhos do oceano, sem os reflexos em ordem.
Pede-se a união de todas as forças, articulando os homens da Polícia Civil, da Capitania dos Portos e da Marinha, no sentido de não permitir nos lemes quem não demonstre capacidade de comportamento como exigido na lida do transporte marinho.
O trabalho de investigação preliminar, de perfil preventivo, pode reforçar a tendência de maior segurança, pois embora não seja pequeno o número de barcos, caso as equipes de monitoramento atuem com afinco, têm boas oportunidades de salvar vidas.
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