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EDITORIAL

Promessa de sangue

Confira o Editorial do Jornal A TARDE

Por Editorial

25/09/2024 - 0:00 h
Imagem ilustrativa da imagem Promessa de sangue
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Os ataques do governo de Israel contra mulheres e crianças do Líbano, seguindo a carnificina proporcionada na Palestina, comprovam o objetivo dos Senhores da guerra sionista, proporcionando maiores lucros à indústria armamentista, em meio à apatia geral de superpotências em outras ocasiões tão ágeis em interferir quando o contexto lhes interessa, como na Guerra do Golfo, no Iraque, na Síria e no Afeganistão.

Desta vez as ogivas e petardos da tecnologia bélica resultaram na morte de 490 pessoas, devendo passar de 500, ao finarem-se os feridos, nas ofensivas ao Líbano com o mesmo surrado argumento de extermínio de um grupo organizado, o "Hezbollah", assim como vêm repetindo nos discursos os chefes militares em relação ao Hamas, tratado como “terrorista”, como se o Estado judeu não agisse como tal.

Está prestes a ser batido o recorde de vidas ceifadas pela sanha de Tanathos, alcançando 1.191 pessoas abatidas pelo poderoso arsenal ao longo de 34 dias, no conflito de 2006; novos bombardeios programados para Beirute permitem projetar multidões indefesas indo a óbito em genocídio repugnante e covarde, comparando-se o poderio dos explosivos do agressor contra os antiquados morteiros de quem tenta defender-se.

Criada no Pós-Guerra, para sustentar a utopia da paz perpétua, a Organização das Nações Unidas segue amplamente desmoralizada pois não passam de obscuro teatro as narrativas dos chefes de estado solicitando um cessar-fogo e uma solução para a animosidade, sabendo-se as “costas quentes”, como se diz no senso comum, das forças de Tel Aviv respaldadas na omissão dos impérios do ocidente, seus aliados.

Os insanos desrespeitam, não apenas os mais elementares princípios civilizatórios e uma mínima ética de guerra, ao explodirem residências e despedaçarem corpos, em ação de inominável iniquidade, mas agridem a própria história da espécie humana, considerando as origens do país agredido remontando a 7 mil anos a.C., representados no pavilhão onde o cedro resiste como maior símbolo de coragem.

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