OPINIÃO
Repúdio ao golpismo
Confira o Editorial do Jornal A TARDE
Por Editorial
A presunção de inocência e o mais amplo direito de defesa são garantias concedidas pelo aparato jurídico do Estado democrático contra o qual teriam se insurgido Jair Messias Bolsonaro, Braga Netto, Mauro Cid e outros 34 suspeitos de urdir um plano criminoso de abolir as instituições e não apenas destruir os alicerces do regime de liberdades, mas também assassinar seus representantes, o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
A divulgação do episódio nebuloso, planejado por altas patentes, enodoando a farda verde-oliva, teve efeito de impulso às forças legalistas, amparando no indiciamento proposto no inquérito, a mensagem explícita de repúdio da sociedade civil engajada e do Estado brasileiro a golpismos e a golpistas, desmascarados em trabalho de excelência desenvolvido pela Polícia Federal, resultando na salvaguarda da justiça.
Justiça é diferente de vingança, portanto, apesar da trama vil, não há motivo para atropelar os trâmites, dependendo de processo judicial a doação de sentido de réu para os investigados, iniciando-se a juntada de provas, para marcar-se a oitiva de acusados, pois agir de forma açodada e ligeira poderia ser interpretado como uma transgressão ao próprio mecanismo consagrado na República, pautado no equilíbrio, no meio termo e na moderação.
De posse do volume de 700 páginas produzido pelos policiais, agora é a vez da Procuradoria Geral da República oferecer denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF), quando então, a resposta proporcional à ousadia da quadrilha poderá começar a ser elaborada, se ficar comprovada a culpa dos envolvidos, passo em falso merecedor de todo rigor em puni-lo na forma da lei, inibindo outras intentonas.
Unindo os pontos, percebe-se como estão fortemente relacionados o atentado contra os três poderes de Oito de Janeiro de 2023; os atos de violência nas ruas de Brasília no dezembro anterior à posse de Lula; o “homem-bomba” morto ao atacar o prédio do STF; e outras tentativas de fazer a nação brasileira recuar a 1964.
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