OPINIÃO
Réu por coação
Confira o editorial do Jornal A TARDE

Por Editorial

Escapar aos fatos 100% confirmados, buscando argumentos falsos, extraídos da construção de contextos fantasiosos, tem sido a saída banal empreendida por suspeitos, daí não surpreender o deputado federal Eduardo Bolsonaro.
O enredo se repete todos os dias, quando o sujeito comete o crime, por não conter a vontade do ilícito, revelando-se mais fortes o ímpeto e o impulso, submetida a razão à trama fora da lei, como fez o parlamentar migrante.
O filho do ex-presidente condenado a 27 anos e três meses, Jair Bolsonaro, herda a inclinação para fragilidades da emoção, devolvendo com a irrefletida hipótese de “caça às bruxas” o anúncio do Poder Judiciário de torná-lo réu.
Eduardo é acusado de coação no processo de julgamento do pai, este por liderar a malograda intentona golpista; assim como fizera com Jair, a Polícia Federal indiciou Eduardo: o Supremo Tribunal Federal vai julgar seu erro.
Há indícios suficientes de ter urdido trama lesa-pátria o referido herdeiro, ao deixar suas “pegadas” digitais, postando audiovisuais confessionais, coincidindo o tarifaço contra exportações e suspensão de vistos de ministros.
Acrescente-se a sanção financeira contra o ministro Alexandre de Moraes, pela aplicação de uma lei destinada a punir traficantes e terroristas, configurando ataque a soberania brasileira, fazendo de barganha a economia do Brasil.
O relator é o mesmo Alexandre de Moraes, verificando com habitual cuidado se, tecnicamente, havia provas de participação do indiciado, na animada parceria criminosa com Paulo Figueiredo, neto do ditador João Batista Figueiredo.
Hoje mais sereno, ao recuar das medidas restritivas, Donald Trump chegou a sair em defesa de Jair Bolsonaro, quando estava desinformado do desequilíbrio acentuado nos perfis de seus influenciadores.
Há projeções de mais angústia e desespero para o perturbado clã, pois está em curso a investigação, pela Polícia Federal, de ações e omissões governamentais do período de pandemia, momento de colapso funerário no Brasil.
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