EDITORIAL
Revolução incompleta
Confira o Editorial Jornal A TARDE desta sexta-feira, 2
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A gravidez na puberdade é um dos indicadores confiáveis da incompletude da Revolução Sexual no Brasil, pois enquanto os movimentos corpóreos foram contemplados à larga, não avançou nesta proporção a mentalidade preventiva.
O resultado previsível desta gangorra a delinear um país fracionado pode ter seus danos reduzidos se lograr êxito a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, em articulação de órgãos públicos e sociedade civil.
O planejamento do governo federal consoou com o período, às vésperas do Carnaval, no qual a prática sexual é incentivada na esbórnia de Momo.
Distribuição massiva de contraceptivos, conhecidos por camisa de Vênus (deusa do amor para os romanos), no entanto, não evitará o povoamento sem os meios eficazes de disseminar campanhas de informação.
A comunicação, em meios convencionais, e a ludicidade das mensagens trocadas por internet, é este poder de ligação a fim de tirar do obscurantismo e de postura negligente quem já quer namorar sem pensar nas consequências.
Na Bahia, um trabalho capaz de servir de referência para todo o país é o desenvolvido na Maternidade Regional de Camaçari, na Região Metropolitana, órgão subordinado ao Sistema Único de Saúde, atendendo a quem precisa.
A instituição, ligada à Fundação Estatal Saúde da Família (Fesf), pode muito bem, pelo método indutivo, representar, com pequena margem de erro para mais ou menos, o gráfico nacional, com 13% de mães entre 10 e 19 anos.
O histórico de uma nova mãe baiana começa mesmo aos 10 anos, com um alto risco no parto, sem o devido preparo, pois é tempo de infância, escola e brinquedo, em vez de criar filho.
Não se trata de imputar a culpa apenas ao despreparo da gente púbere, pois há levas de homens adultos a aproveitarem-se da inexperiência das parceiras, devendo serem identificados para assumir o prazer de ser pai, mesmo por descuido.
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