EDITORIAL
Socorro ao Martagão
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Todo estabelecimento hospitalar ou unidade voltada para a defesa e a promoção da saúde deve contar com total apoio, pecuniário e de recursos humanos, dos poderes públicos constituídos e da cidadania engajada do país.
Dir-se-ia “imperativo categórico”, pois o exemplo do Martagão Gesteira poderia ser o de qualquer outro empreendimento voltado para salvar vidas e a resposta necessariamente precisa ser pautada no amor tipo "ágape" ou generosidade.
No entanto, depois de devidamente confirmada a informação tão próxima do absurdo, esta mesma unidade pode perder parte dos leitos da Unidade de Terapia Intensiva, traduzindo: crianças estão ameaçadas de sofrimento e óbito.
Acresce o valor de compaixão, batendo-se a instituição contra dificuldades de honrar boletos, pois não há investidores visando tirar lucro, quando a proposta é oferecer serviço gratuito, beirando à dimensão supralunar dos querubins.
Pergunta-se onde estão os grandes rentistas, os dotados de sobrenome supimpa, aquelas famílias beneficiadas secularmente, recebendo os herdeiros, terras e propriedades, talvez pudessem retribuir tamanha benevolência.
Associações de classe; partidos identificados com princípios humanistas; agremiações calçadas no apoio a causas emancipadoras; igrejas, seitas e candomblés; chamando todos os segmentos, há de se impedir esta perda.
São 10 leitos a menos, a esta altura, uma nova baiana ou baiano agarra-se à senha, aguardando, mas este tempo pode ser breve demais em relação ao avanço da enfermidade: todas e todos os omissos já se veem de pá na mão.
A dívida atualizada ultrapassa a casa dos R$ 15 milhões, nada de tão hiperbólico a ponto de uma rápida “vaquinha” da sociedade civil e dos órgãos oficiais não conseguir pagar, mesmo solicitando parcelamento ao fornecedor.
Respinga a chuva de credores nos contratos nos quais não se atualiza o numerário, nada perto do poder imanente à Bahia da misericórdia, da justiça e da concórdia pois há de unir-se a fim de zelar pelo Martagão, é nosso dever.
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