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EDITORIAL

Tacanho e anacrônico

Confira o editorial desta segunda

Por Redação

22/03/2025 - 0:00 h
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha -

Anacrônico é o mínimo a ser dito sobre o chiste inusitadamente verbalizado por autoridade do poder judiciário, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, aludindo a suposta cadência desacelerada atribuída ao comportamento dos baianos.

Já não se faz mais este tipo de “gracinha” em relação a gentílicos e grupos sociais, cabendo ao magistrado receber a carga pesada de reclamações, a começar pelo governador do Estado, Jerônimo Rodrigues.

Houve época na qual era possível suportar aleivosias de perfil generalizado, desqualificando-se etnias e nações pelo suposto grau de avareza, malícia, dedicação excessiva ao trabalho e até orientação sexual já rendeu risos em resenhas animadas.

O desenvolvimento ético, no entanto, produziu um pudor bem resolvido na expressão “politicamente correto”, portanto, há décadas já se sabe da inconsistência dos gracejos, tendo como agravante o fato de partir de figura de alta proa de instituição da República.

A figura de metáfora saiu espontaneamente da boca impura do indigitado em sessão virtual, ao enunciar, sem nenhum remorso: “Dizem que o baiano é tão ágil, tão ágil, que quando joga basquete e arremessa a bola sexta-feira só cai na cesta no sábado”.

A frase teria a intenção de tratar com bom humor a contusão de um colega de corte, cearense de Fortaleza, ao praticar o esporte, no entanto, o efeito gerou repúdio, não apenas dos baianos, mas de todos e todas quantas combatem ações e pensamentos de xenofobia – quando se estranha e calunia outro povo.

Mineiro do município de Três Corações, onde nasceu Pelé, o autor tentou emendar seu desafinado soneto, afirmando ter sido uma “brincadeira”, além de revelar-se apreciador de um crocante acarajé.

Tentou defender-se ainda citando a fonte da descabida infâmia um baiano, o ministro aposentado Peçanha Martins. Cabem uma boa retratação e o aprendizado, visando à atualização do “inspirado” piadista de mentalidade tacanha e ainda ancorada no século passado.

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