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EDITORIAL

Truculência nunca mais

Editorial de A TARDE desta quinta-feira, 11

Redação

Por Redação

11/12/2025 - 4:36 h
Glauber Braga foi retirado à força da cadeira do presidente da Câmara.
Glauber Braga foi retirado à força da cadeira do presidente da Câmara. -

A violência praticada pela polícia legislativa contra profissionais de imprensa, durante o episódio de desocupação da cadeira do presidente da Câmara dos Deputados merece as mais veementes reprimendas. Entidades de classe e sociedade civil manifestaram proporcional indignação ao descalabro típico de regimes autoritários.

As associações Brasileira de Imprensa (ABI); Nacional de Jornais (ANJ), Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e Nacional de Editores de Revistas (Aner) afinaram o coro de repúdio. Além do uso da força contra a liberdade de apuração e de expressão, houve a insensatez do corte do sinal da TV Câmara.

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Embora a conduta do deputado federal Glauber Braga possa render polêmica, ficou evidente o uso de dois pesos no enfrentamento da ação rebelde. Em agosto, a mesma mesa da presidência fora ocupada por um grupo de deputados extremistas de direita durante dois dias – e a retirada foi feita quase com carinho, senão à base de diálogo, sem repressão.

Não bastasse o conteúdo proposto para a votação, o “PL da dosimetria”, o desequilíbrio de “seguranças” truculentos entra para a história dos absurdos do Congresso Nacional. Jornalistas portando suas “armas” – celulares, papel e caneta, gravadores – foram empurrados aos gritos de “recua!”, em gesto de maltrato destoante com o fundamento da democracia.

Na mesma casa legislativa onde Ulysses Guimarães, há 40 anos, disse sentir nojo de ditadura, não pode perseverar a estupidez na recidiva da repressão, filha do obscurantismo. O custo para a imagem dos parlamentares envolvidos virá em forma de perda de votos para um próximo mandato.

Desespero não é a melhor receita quando se quer salvar aliados dos precipícios aos quais tenham se atirado por deliberação. É possível a organização de um novo levante das ruas, como o ocorrido em setembro, resultando na derrota da “PEC da Bandidagem”. A articulação resultante em sensação de apoio para os condenados à trama golpista, mais o atentado contra jornalistas e o jornalismo, não passarão sem resposta.

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