Universidade da inclusão
Confira o Editorial do Jornal A TARDE
![Imagem ilustrativa da imagem Universidade da inclusão](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1270000/1200x720/Universidade-da-inclusao0127266200202405301703-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1270000%2FUniversidade-da-inclusao0127266200202405301703.jpg%3Fxid%3D6236562%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1719787366&xid=6236562)
Atender o público excluído, em vez de apaniguar pequenos grupos sociais em detrimento dos mais numerosos, tem sido o esforço de todas quantas prezam a democracia como o regime político próximo da ideia perfeita de justiça.
Eis a importância conceitual e prática do projeto Universidade para Todos, criado há exatos 20 anos, com a proposta de favorecer o acesso ao ensino superior, sem perder de vista a competência para ocupação das vagas abertas.
A mão amiga do Estado vem sendo estendida aos jovens de baixa renda, ao reduzir os efeitos da nefasta e persistente desigualdade, excluindo pretos e pardos, como sabe-se ocorrer em toda a estrutura social.
O formato é de um curso do tipo pré-vestibular gratuito, alcançando com qualidade, a juventude sem condições financeiras de pagar as caríssimas mensalidades de "cursinhos".
Reportagem publicada por A TARDE revelou toda a importância da feliz iniciativa para realinhamento do perfil da sociedade, ao oferecer oportunidade a multidões ancestralmente vulneráveis.
Distribuir os melhores cargos de liderança, bem como empregos e carreiras de maior remuneração é o resultado antirracista do acesso às faculdades por quem, antes, não tinha como disputar vagas com os brancos privilegiados.
A iniciativa, coordenada pelas universidades estaduais, firmou-se em duas décadas como bem sucedida estratégia de formação da nova classe docente sensível às contradições verificadas nesta era pós-escravocrata a ser vencida.
Aos estudantes e egressos da rede pública do Estado este ano, são ofertadas perto de 20 mil vagas em 215 municípios nos 27 territórios de Identidade por toda a Bahia.
Destas, mais de 13 mil foram distribuídas em 150 municípios com polos coordenados pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em 244 locais distintos.
Os números eloquentes sugerem nota dez para a saudável terapêutica, senão para conquistar a cura, ao menos certamente ajudando a construção de um Brasil capacitado a incluir as herdeiras e herdeiros do anacrônico pelourinho.
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