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18/10/2024 às 0:00 | Autor: Editorial

OPINIÃO

Vestígios de nobreza

Confira o Editorial do Jornal A TARDE

Imagem ilustrativa da imagem Vestígios de nobreza
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Embora tenha sido derrubada no Brasil em 1889, a nobreza e seus vícios de privilégio de pequenos grupos sobre a maioria ainda emanam vestígios, como se pode observar nos supersalários, ora em debate no governo federal.

Quem ousa indispor-se com cerca de 20 mil destes “barões” retroativos, identificados entre servidores dos três poderes, é a ministra do Planejamento e do Orçamento, Simone Tebet, ao reclamar, enfim, por uma república de verdade.

A maquiagem da desmesura funciona com a inventividade dos chamados “penduricalhos”, como “adicionais”; “benefícios”; “vantagens”; entre outros vocábulos substituíveis por “vergonhas”; “achincalhes”; “furtos institucionalizados”.

São R$ 5 bilhões mensais subtraídos ao erário pela espadaúda malta, a corrigir-se na legalidade da poda dos graciosos pingentes; na constitucionalidade, para impor-se o teto; e na moralidade exigida pelo convívio honesto.

A técnica de burla do limite de R$ 44 mil mereceria aplausos à inteligência natural humana, não fosse a malas-arte a causa do efeito daninho de 2,6 mil acréscimos ao ordenado bruto, pelas mais variadas rubricas.

A comilança excede R$ 13 mil do ordenado “básico” – já demasiado – equivalente a 30 salários-mínimos, graças aos excessos em “vale-transporte” e “alimentação”, os campeões de fraude, repetindo-se expressões “primas” em criatividade.

Encontra-se no garimpo de preciosidades semânticas dos contra-cheques, “repouso remunerado”; “função qualificada”; “vantagens retroativas” e “acúmulo de trabalho”, bem como a dobra de gracejos, repetidos em “vales” de papel.

O acinte produz náusea quando se converge para a necessidade de contratação temporária de contingente de trabalhadores nomeados, estes carregando o mundo burocrático como atlas, enquanto os estáveis usurpam.

Lembra-nos o contexto reclame espalhado aos quatro ventos onde quer aparente funcionamento uma repartição pública, atualizando dístico proposto pelo cronista Stanislaw Ponte Preta: “restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos”.

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