Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > OPINIÃO
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

EDITORIAL

Viva o Paranauê

Confira o Editorial do Jornal A TARDE

Por Editorial

05/07/2024 - 0:00 h
Imagem ilustrativa da imagem Viva o Paranauê
-

O Dia Mundial da Capoeira, celebrado hoje, reacende a chama da resistência, envolvendo praticantes e apreciadores, por meio do canto, de instrumentos típicos e toda uma linguagem única situada na divisa entre a dança e a luta.

O Brasil se escuta, ao som do berimbau e do atabaque, e se vê no posicionamento dos “capoeiristas”, em metáfora de constelação, gerando ideia de círculo, símbolo de figura perfeita na roda de praticantes em animada laúza.

Cada golpe, manobra ou movimento articulado entre quem ataca e defende, refere passos, gingados e dribles, misturando-se “martelos” e “rabos de arraia” à coreografia exata de “pés dentro, pés fora” ao som de “paranauê, paraná”.

Para elevar aos píncaros a arte transportada nos navios tumbeiros, em corpos escravizados, a “dança-luta” enfrentou quatro séculos de repressão e preconceito, tendo seus mestres pretos açoitados em pelourinhos.

Vale a pena refletir sobre o fato de ter sido reconhecido há apenas 10 anos, como “Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade”, o auge da ludicidade - jogo e brincadeira -, capaz de servir de arma ou escudo.

O título transcende a si mesmo, pois indica aos governos o compromisso de preservação do bem cultural graças a políticas públicas, fortalecendo uma rede vitoriosa de incomum resiliência, superadas perseguições inomináveis.

Foi longo o percurso, até pedirem matrícula para pagar caro pelas aulas de gingado, em escolas de classe média, os descendentes de senhores e capitães do mato covardes a soltar cães ferozes com fins de reprimir a pândega.

A denominação nasceu destes encontros desiguais, quando eram descobertos os afrobrasileiros, nas “capoeiras”, ou “o que foi mata”, na língua originária tupi-guarani, nomeando as clareiras nas quais a vegetação cedia lugar à arte preta.

Ao preencher todos os requisitos para ser compreendida também como esporte, resta acrescentar ao tesouro multicultural a proposta razoável de incluir-se nos Jogos Olímpicos, em reconhecimento à maravilhosa criação humana.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

Capoeira nos Jogos Olímpicos Cultura Afro-Brasileira Dia Mundial da Capoeira História da Capoeira Instrumentos de Capoeira Patrimônio Cultural Imaterial

Cidadão Repórter

Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro

ACESSAR

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Play

Simplificando a ortografia e o ensino

x

Assine nossa newsletter e receba conteúdos especiais sobre a Bahia

Selecione abaixo temas de sua preferência e receba notificações personalizadas

BAHIA BBB 2024 CULTURA ECONOMIA ENTRETENIMENTO ESPORTES MUNICÍPIOS MÚSICA O CARRASCO POLÍTICA