PETROBRAS 70 ANOS
Muito além do Petróleo, porque assim caminha a humanidade
Estatal completa 70 anos com legado que a sacramenta como "orgulho nacional"
Por Marlene Lopes
Maior operadora de petróleo em águas profundas do mundo, a setentona Petrobras tem no seu DNA a habilidade de lidar com desafios e encontrar saídas para a formação de um legado que, sem exagero, se encaixa no termo mesmo que um tanto batido de “orgulho nacional”.
Nessas sete décadas, a maior empresa nacional construiu um legado de plataformas e refinarias que trabalham em conjunto, e unidades de biorrefino para, cada vez mais, garantir produtos de baixo carbono.
De olho nas novas fontes de energia, a Petrobras já concentra potencial para ser liderança em energia eólica offshore no Brasil. O presidente da companhia, Jean Paul Prates, ressaltou a importância do Nordeste brasileiro frente esse desafio: “Essa região terá o ambiente mais competitivo do mundo para eólica offshore, porque tem muito menos intempéries e o vento é muito bom”.
Nós vamos fazer a Petrobras muito grande. Com 70 anos nas costas, a nossa Petrobras ainda está uma jovem senhora e, para uma pessoa jurídica, isso não é nada. Ainda tem muito pela frente, muita coisa boa, muita cabeça vai funcionar e muita gente vai ser feliz com a Petrobras e pela Petrobras”.
A semana de comemorações teve fechamento em Salvador, dia 6 de outubro, em espaço de evento no bairro de Santo Antônio Além do Carmo. A cidade pode ser chamada de embrião da história da companhia. No Lobato, bairro da Península Itapagipana, foi descoberto o primeiro poço de petróleo do Brasil, em 1939, e 14 anos mais tarde o Governo Vargas criava a Petrobras.
Bahia
Mais do que simbólico, o encerramento comemorativo na Bahia foi estratégico. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou investimento no estado de R$ 3,5 bilhões no período 2024-2028.
A companhia também tem demonstrado a intenção de reativar o estaleiro Enseada Paraguaçu, que fica localizado no município de Maragogipe, Recôncavo Baiano, além de investir em novas perfurações, tendo em conta que a relação da Bahia com a Petrobras é histórica e que os projetos de futuro em pauta são promissores.
Petrobras em números R$ 3,5 bilhões serão investidos pela Petrobras na Bahia no período 2024-2028, conforme anunciou o presidente Jean Paul Prates, durante evento em Salvador
No cenário nacional, o peso da companhia pode ser medido pelo tamanho da sua participação no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. Na lista de projetos e investimentos, confirmou Jean Paul Prates, estão sistemas de produção no pré-sal, revitalização de campos petrolíferos maduros e construção de novas plataformas e navios no Brasil: “Vamos lotar os nossos estaleiros de novo, no Rio de Janeiro, na Bahia, no Nordeste, no Sul”.
“Encaminhamos pedido para iniciar o processo de licenciamento ambiental junto ao Ibama de dez áreas no mar brasileiro destinadas ao desenvolvimento de projetos de energia eólica. Contamos com o marco regulatório, essencial para viabilizar os investimentos, mas já estamos fazendo a nossa parte”, antecipou o presidente da Petrobras.
Maturidade
Transição energética e sustentabilidade caminham juntas na companhia, em especial na atual fase de maturidade, diante do processo de transformação do setor. O diretor de transição energética da Petrobras, Maurício Tolmasquim, ressaltou, na passagem por Salvador, que essa mudança será “fundamental para a companhia, se ela quiser ter uma longa vida. Nós queremos que a Petrobras dure muito além da era do petróleo. E, para isso, ela precisa se reinventar a cada momento, precisa construir esse futuro”.
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