Mistério e tensão marcam desaparecimento de metalúrgico em Dias d’Ávila

O desaparecimento de Cláudio Márcio de Lima, 45 anos, intriga a população de Dias d’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, e mobiliza familiares e autoridades. O metalúrgico, conhecido por ser trabalhador, evangélico e sem histórico de envolvimento em crimes, foi visto pela última vez no dia 6 de agosto, após uma discussão com a esposa.

Segundo relatos obtidos pela TV Record, o casal chegou a ser atendido pela polícia após a briga, mas, sem indícios de violência enquadráveis na Lei Maria da Penha, ambos foram liberados. Pouco depois, quando se dirigiam à casa de uma irmã da mulher, Cláudio foi surpreendido por dois homens em uma motocicleta. Armados, os suspeitos o colocaram no próprio veículo da vítima, que desapareceu em seguida.

Na noite do sequestro, moradores relataram ter ouvido disparos de arma de fogo e gritos de socorro. Marcas de sangue também foram encontradas nas proximidades, aumentando a apreensão da família.

Seis dias depois, em 11 de agosto, o carro de Cláudio, um Ford Ka branco foi localizado completamente queimado em uma área de mata entre Dias d’Ávila e São Sebastião do Passé, conhecida por ser usada para a “desova” de veículos ligados a crimes. O local é apontado como perigoso e associado a atividades do tráfico de drogas.

A esposa do desaparecido prestou depoimento e afirmou que vivia em cárcere privado e era vítima de agressões, acusações que ainda não foram confirmadas. Familiares de Cláudio, por outro lado, desconfiam de que ela possa ter envolvimento no crime, mencionando a possibilidade de atuação de um “tribunal do crime”. A família da mulher nega participação no desaparecimento.

O caso segue sob investigação da 25ª Delegacia Territorial de Dias d’Ávila, que trata o episódio como “enigmático”. Perícias estão sendo feitas no veículo queimado, enquanto buscas continuam para tentar localizar Cláudio ou esclarecer o que motivou o crime.