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‘Abin paralela’ imprimiu informações sobre delegado do caso Marielle

Na época, o agente conduzia a investigação do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro

Publicado sábado, 03 de fevereiro de 2024 às 12:21 h | Atualizado em 03/02/2024, 12:59 | Autor: Da Redação
Linha de investigação da PF é saber se a “Abin Paralela,espionou ilegalmente o andamento das investigações do caso de Marielle
Linha de investigação da PF é saber se a “Abin Paralela,espionou ilegalmente o andamento das investigações do caso de Marielle -

Registros analisados pela Polícia Federal (PF) e recuperados pela Controladoria-Geral da União (CGU) mostram que o delegado federal Marcelo Bormevet, imprimiu em setembro de 2020, durante mandato de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) um relatório sobre o delegado Daniel Rosa, que, à época, conduzia a investigação do assassinato de Marielle, em 2018.

A linha de investigação da PF é saber se a “Abin Paralela, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), espionou ilegalmente o andamento das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).

O delegado foi afastado do caso no mesmo mês, pelo então novo secretário da Polícia Civil do Rio, Allan Turnowski, que mudou a estrutura da delegacia que cuidava da investigação do assassinato da vereadora do Rio.

Durante a investigação para entender a participação de Ramagem na operação, a PF identificou que a promotora da Justiça do Rio de Janeiro Simone Sibilio, que na época, estava à frente do caso de Marielle, também foi monitorada. Além do currículo da promotora, integrantes da Abin imprimiram arquivos relacionados ao caso entre 2019 e 2021.

Em junho de 2021, outro agente da Abin, Felipe Arlotta, imprimiu um documento relacionado à federalização do caso Marielle. Em setembro de 2019, a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentou um pedido para que as investigações do caso fossem conduzidas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal. O pedido foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça em maio de 2020.

À época do documento impresso, Felipe Arlotta cumpria missões na Abin sob o comando de Ramagem. Um dos episódios em que, segundo a PF, essa estrutura informal foi usada envolve a tentativa de tirar Renan Bolsonaro, filho de Bolsonaro, da mira de uma investigação que apurava tráfico de influência no governo — caso posteriormente arquivado.

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