Alvo de críticas, PT busca maior número de candidaturas negras para 2022 | A TARDE
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Alvo de críticas, PT busca maior número de candidaturas negras para 2022

Publicado domingo, 10 de outubro de 2021 às 09:29 h | Atualizado em 10/10/2021, 09:33 | Autor: Da Redação
Estratégia conta com o endosso de Lula, que tem feito acenos ao movimento negro | Foto: Uendel Galter | Ag. A TARDE
Estratégia conta com o endosso de Lula, que tem feito acenos ao movimento negro | Foto: Uendel Galter | Ag. A TARDE -

No último dia 03 de outubro, uma postagem feita pelo ex-presidente Luiz Ignácio Lula da Silva, a qual trazia uma foto da bancada petista no Congresso foi motivo inúmeras críticas por parte de movimentos sociais, por causa da presença de só três parlamentares negros em meio a quase 60 políticos brancos.

Após cortejar pessoas negras de partidos como o PSOL, além da aposta em quadros internos antes desprestigiados, as reclamações se intensificaram.

Lula, inclusive, tem acenado ao movimento negro, com o apoio do ex-candidato à presidência pelo PT, Fernando Haddad.

O secretário nacional de combate ao racismo do PT, Martvs Chagas, reconhece que a organização dentro do partido começou em 2020, após a intensificação das manifestações antirracistas no Brasil e em todo o mundo.

De acordo com uma reportagem do UOL, existe um mapeamento de lideranças regionais, porém Chagas afirma não haver uma de meta quantos parlamentares negros o partido pretende lançar.

Também fazem parte da articulação, organizações como a Fundação Perseu Abramo e o Instituto Lula, dirigido por Tamires Sampaio. Quem também integra as negociações é a ex-ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Nilma Lino.

Sampaio afirma que para as eleições estaduais de 2021, nomes novos já estão confirmados, como o da vereadora de primeiro mandato do Rio de Janeiro, Tainá de Paula, que vai ser lançada a deputada federal pelo Rio, ao lado de Benedita da Silva e Vicentinho.

Já em São Paulo, algumas das novas apostas são as vereadoras Thainara Faria, de Araraquara, e Paolla Miguel, de Campinas.

Um deslize criticado por muitos eleitores, foi durante uma entrevista ao rapper Mano Brown para o podcast "Mano a Mano", na qual o ex-presidente Lula, abordou a questão racial atrelando o "vitimismo" a pessoas negras. Lula disse:

"A direção do PT tinha uma maioria branca e uma maioria de homens. Há uma evolução política dos negros, tanto homens como mulheres, um grande número de gente está adquirindo consciência de que não basta ficar achando que é vítima. Resolveram ir à luta, resolveram brigar".

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