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Após pedido do relator, Lira adia votação do PL das Fake News

Relator do PL, Orlando Silva pediu mais tempo para ajustar o texto depois de reunir-se com líderes partidários

Publicado terça-feira, 02 de maio de 2023 às 20:40 h | Atualizado em 02/05/2023, 20:42 | Autor: Agência Câmara e Redação
Entre os pontos controversos, está a fiscalização da lei
Entre os pontos controversos, está a fiscalização da lei -

Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) adiou a votação do projeto de lei das fake news (PL 2630/20). A decisão foi tomada após pedido do relator da proposta, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), e consulta dos lideres partidários.

"Ouvindo atentamente o pedido do relator - que para mim já é suficiente -, e os líderes, que na sua maioria encaminham por uma saída da manutenção do diálogo, o projeto não será votado na noite de hoje", disse. Lira não definiu a nova data de votação.

Orlando Silva pediu mais tempo para ajustar o texto depois de reunir-se com líderes partidários. "Não tivemos tempo para examinar todas as sugestões", disse o relator que vai incorporar as sugestões feitas e apresentar novo parecer.

"Vamos consolidar a incorporação de todas as sugestões feitas de modo que possamos ter uma posição que unifique o Plenário da Câmara dos Deputados num movimento de combater desinformação, garantir liberdade de expressão, responsabilidade para as plataformas e transparência na internet", completou.

A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) também defendeu o adiamento da votação em busca de consenso. "Temos um desafio social de unificar todos que sabem da necessidade de garantir transparência, liberdade de expressão para o usuário, mas combater os crimes e a desinformação que custam vidas", disse.

De acordo com Orlando Silva, entre os pontos controversos, está a fiscalização da lei. "Especulamos hoje durante todo o dia sobre alguns caminhos alternativos para que a lei tenha um mecanismo de fiscalização que garanta seu cumprimento, aplicando inclusive sanções".

A redação original previa a criação de uma entidade autônoma para fiscalização, enquanto a última versão deixou esse ponto para regulamentação futura.

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