Após polêmica, empresa de haras da família de ministro é fechada

A empresa responsável por um haras que pertence a família do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil) e esteve no centro de suspeitas de má utilização de dinheiro público e de envolvimento em um esquema de leilões de cavalos teve as atividades oficialmente encerradas. As informações são da Folha de S. Paulo.

Em nota, a assessoria do ministério afirmou que "a pessoa jurídica não está mais ativa e o ministro não é mais sócio desta PJ desde 2011". O motivo do encerramento e o futuro do haras - se continuará funcionado sob outro formato jurídico - não foram revelados.

A documentação de fechamento da pessoa jurídica tem a data de 13 de março deste ano, uma semana após o ministro se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula Silva (PT) para dar explicações sobre o caso. Porém, mesmo depois do encerramento formal da empresa, o perfil do Instagram do haras continuou fazendo publicações.

Oficialmente, a entidade juridica estava em nome da irmã do ministro, a prefeita do município maranhense de Vitorino Freire, Luanna Rezende (União Brasil), e de Gustavo Marques Gaspar. A empresa havia sido criada em 2007, tendo o ministro como sócio da irmã. Em 2011, uma alteração na sociedade para que Juscelino Filho deixasse a firma, quando foi substituído por Gaspar.

Apesar de não constar nos registros da pessoa jurídica desde 2011, em eventos, Juscelino Filho sempre se apresentou como dono do haras. Em 30 de julho do ano passado, o "Haras e Parque Luanna" realizou um leilão de cavalos em São Luis, no Maranhão. Na ocasião, o locutor convidou Juscelino Filho para abrir o evento. O ministro, que na época estava em campanha à reeleição como deputado federal, pegou o microfone e falou sobre as atividades de seu haras.