CPI DO 8/1
Após silêncio de Cid, Maia afirma que pode denunciá-lo ao STF
Durante sessão da CPMI, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro se recusou a falar até a idade
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas do dia 8/1, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA) afirmou nesta terça-feira, 11, que pode denunciar o comportamento do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens no governo Bolsonaro (PL), Mauro Cid, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
"Isso infelizmente acarretará na necessidade de nós fazermos uma denúncia ao STF, haja vista que a ministra do Supremo determinou que, aquilo que não o incriminasse, ele tinha a obrigação de responder uma vez que ele não está aqui apenas como depoente, mas como testemunha", afirmou Maia.
No último dia 26 de junho, a ministra da Suprema Corte, Cármen Lúcia concedeu um recurso que determinava a obrigatoriedade do militar prestar depoimento à CPMI dos Atos Golpistas. A liminar conferia o direito de Cid ser acompanhado por advogados, além de poder ficar em silêncio para não responder as perguntas que o incriminem, o que foi informado por ele no início da sessão.
Durante a ocasião, no entanto, Cid permaneceu em silêncio em todos os questionamentos dos parlamentares presentes no colegiado. Na oportunidade, o militar se recusou a falar até a própria idade quando interrogado pela deputada federal Jandiara Feghali (PCdoB-RJ).
Maia havia dito a Cid que, embora tivesse obtido a decisão do Supremo, estaria obrigado a responder às perguntas que não fossem relacionadas às investigações sobre ele.
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