APOIO A LIRA
“A garantia da governabilidade se fez imperiosa”, diz Alice Portugal
Presente no jantar da bancada baiana com o presidente da Câmara, deputada explica os motivos de apoio a Lira
Por João Guerra e Lucas Franco
A deputada federal Alice Portugal (PCdoB) falou, em conversa com o Portal A TARDE, explica a adesão da bancada baiana na Câmara dos Deputados à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) à Presidência da Casa. Segundo ela, diante das ameaças antidemocráticas no país e o cenário no Congresso não ter sido o ideal para a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o apoio a Lira é uma das formas de garantir a governabilidade.
Para a parlamentar, mesmo com a chegada de Lula ao Executivo federal, o Brasil ainda está “cindido”. “As eleições legislativas por esses e outros motivos, não foram suficientemente favoráveis para a aprovação dos nossos planos de mudança. Não temos maioria no Congresso. Dos 513 deputados federais, os partidos que originalmente apoiaram Lula, elegeu 122”.
“A garantia da governabilidade se fez imperiosa e se o governo já foi montado sobre uma plataforma de frente ampla, mais do que nunca, precisamos de uma coalizão no Congresso. Os atentados do dia 8 de janeiro deixaram explícitas as intenções de obstrução violenta e deletéria, por parte da extrema direita, e precisamos unir a política e os que nutrem responsabilidade com o Estado Democrático de Direito e com a democracia”, destaca a deputada.
Ela justifica ainda ,que apesar do apoio de Lira ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente da Câmara dos Deputados manteve um diálogo com pautas populares na Legislatura anterior. “Arthur Lira, apesar de ter dado apoio ao governo anterior e não ter tirado da gaveta os justos pedidos de impeachment, foi dialogador com as pautas populares, sindicais, da vacina, das enchentes baianas e foi o primeiro a reconhecer a vitória de Lula, desvanecendo a intenção questionadora de Bolsonaro quanto à lisura do pleito. Colocou-se do lado certo contra o terrorismo e propôs essa coalizão, boa para os dois lados”, argumenta a parlamentar, apontando que há também a garantia de participação equânime na Mesa Diretora, com representantes de partidos da base de Lula.
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