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“A garantia da governabilidade se fez imperiosa”, diz Alice Portugal

Presente no jantar da bancada baiana com o presidente da Câmara, deputada explica os motivos de apoio a Lira

Publicado quarta-feira, 25 de janeiro de 2023 às 20:50 h | Atualizado em 25/01/2023, 21:21 | Autor: João Guerra e Lucas Franco
Alice Portugal lembra que dos 513 deputados federais, os partidos que originalmente apoiaram Lula, elegeu 122
Alice Portugal lembra que dos 513 deputados federais, os partidos que originalmente apoiaram Lula, elegeu 122 -

 A deputada federal Alice Portugal (PCdoB) falou, em conversa com o Portal A TARDE, explica a adesão da bancada baiana na Câmara dos Deputados à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) à Presidência da Casa. Segundo ela, diante das ameaças antidemocráticas no país e o cenário no Congresso não ter sido o ideal para a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o apoio a Lira é uma das formas de garantir a governabilidade.

Para a parlamentar, mesmo com a chegada de Lula ao Executivo federal, o Brasil ainda está “cindido”. “As eleições legislativas por esses e outros motivos, não foram suficientemente favoráveis para a aprovação dos nossos planos de mudança. Não temos maioria no Congresso. Dos 513 deputados federais, os partidos que originalmente apoiaram Lula, elegeu 122”.

“A garantia da governabilidade se fez imperiosa e se o governo já foi montado sobre uma plataforma de frente ampla, mais do que nunca, precisamos de uma coalizão no Congresso. Os atentados do dia 8 de janeiro deixaram explícitas as intenções de obstrução violenta e deletéria, por parte da extrema direita, e precisamos unir a política e os que nutrem responsabilidade com o Estado Democrático de Direito e com a democracia”, destaca a deputada.

Ela justifica ainda ,que apesar do apoio de Lira ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente da Câmara dos Deputados manteve um diálogo com pautas populares na Legislatura anterior. “Arthur Lira, apesar de ter dado apoio ao governo anterior e não ter tirado da gaveta os justos pedidos de impeachment, foi dialogador com as pautas populares, sindicais, da vacina, das enchentes baianas e foi o primeiro a reconhecer a vitória de Lula, desvanecendo a intenção questionadora de Bolsonaro quanto à lisura do pleito. Colocou-se do lado certo contra o terrorismo e propôs essa coalizão, boa para os dois lados”, argumenta a parlamentar, apontando que há também a garantia de participação equânime na Mesa Diretora, com representantes de partidos da base de Lula.

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