BAHIA
Adolfo Menezes aguarda procuradoria jurídica sobre a CPI do MST
Da China, governador Jerônimo disse que vai dialogar com movimento social e empresários para evitar "extremos"
Por Eduardo Tito e Redação
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Adolfo Menezes (PSD), comentou sobre o pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigas as ações do MST na Bahia e disse na tarde desta quarta-feira, 12, que assinou o pedido de abertura da CPI, por ser contra ao que ele chamou de "invasões de terra" realizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
"Eu vou receber e mandarei para a procuradoria jurídica pra se manifestar e logo que tiver eu irei seguir o processo legislativo, assim que a procuradoria ser manifestar darei ciência a vocês da imprensa", disse Adolfo. Sobre ter assinado o pedido de instalação da CPI, eu sou contra a forma de alguns que invade terras. Já deixei claro por dezenas de vezes. Sou favorável a reforma agrária mas desde quando se obedeça todo o processo legal. Terras improdutivas, desapropriando com valor justo processo legal é o que eu defendo. Eu não defendo invasões de terras por quem quer que seja. Essa é a minha posição de muitos e muitos anos e a posição como presidente", defendeu o presidente da ALBA, Adolfo Menezes.
Também na manhã desta quarta-feira, o governador Jerônimo Rodrigues (PT), falou diretamente da China com a rádio Salvador FM, e declarou que busca o diálogo para resolver os impasses e evitar os "extremos" entre os movimentos sociais e empresários.
"Eu faço questão de chamar a atenção de que não podemos, na condição de governo, ter posturas irresponsáveis. Não serei irresponsável. Eu preciso chamar atenção para que os extremos não atrapalhem a vida de ninguém, nem os movimentos sociais que não deem conta da nossa responsabilidade em temas importantes. Da mesma forma, empresários da cidade e do campo querem fazer justiça com as próprias mãos. Tenho a expectativa que possamos nos juntar, o Brasil dividido não ser para a gente. Lula está unindo o Brasil", afirmou o governador.
Sobre a possibilidade de abertura da CPI do MST na ALBA, o chefe do executivo estadual disse respeita a autonomia do legislativo e pediu que os movimentos sociais do campo e os empresários rurais estabeleçam "um pacto".
"Se for preciso, urgente, uma reforma agrária, vamos ajudar o governo federal a fazer. Os países que passaram pela reforma agrária tem outro perfil no campo, de produção, geração de renda. Precisamos estabelecer um pacto para que a propriedade seja respeitada, mas que as pessoas possam ter dignidade e direito a terra. No retorno procurarei entender, chamar a responsabilidade, que couber a mim fazer. Mas o que couber aos movimentos e os empresários, até a Assembleia, a justiça, temos que sentar à mesa, desenhar uma ação que possa demonstrar maturidade que a Bahia tem em relação a esse tema", comentou Jerônimo na Salvador FM.
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