BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA
Após três anos, desfile de 7 de setembro volta a acontecer em Salvador
Além do desfile oficial, feriado terá ato bolsonarista na Barra e “Grito dos Excluídos” no Campo Grande
Por João Guerra
Após um hiato de dois anos sem acontecer por causa das medidas sanitárias de combate à pandemia da covid-19, Salvador volta a ter o seu tradicional desfile em comemoração ao 7 de setembro que, neste ano, comemora o bicentenário da Independência do Brasil.
A concentração para o desfile oficial se estenderá da Ladeira da Barra até o Corredor da Vitória, a partir das 6 horas, da quarta-feira, 7, e, de lá, seguirá pela Avenida Sete com a participação de tropas das Forças Armadas, escolas e entidades civis.
Às 7h45 acontecerá a revista à tropa, em seguida, o hasteamento do Pavilhão Nacional às 08h45. O Desfile Cívico Militar, acontecerá, de fato, no trecho entre a Praça 2 de Julho e a Praça Castro Alves, com início previsto para 9h.
O Desfile Cívico Militar está previsto para seguir na seguinte ordem: Comandante da Tropa, Estado-Maior Conjunto, Bandeiras Históricas, tropas da Marinha, Exército, Força Aérea, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e Guarda Civil Municipal. Após isso, acontecerá o desfile motorizado com viaturas e/ou motocicletas da Marinha, Exército, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e Guarda Civil Municipal.
Logo após, as entidades civis e as escolas estaduais e municipais desfilarão, sendo seguidas pelo Esquadrão da Polícia Montada, que finalizará o desfile.
O Dia da Independência é comemorado anualmente, em todo o território nacional, conforme o disposto na Lei nº 5.571, de 28 de novembro de 1969, por meio do Ministério da Educação, em coordenação com as Secretarias de Educação dos Estados e com as prefeituras municipais.
Apoio a Bolsonaro
O dia 7 de setembro, além do desfile oficial, sempre abre palco para as manifestações políticas dos diversos matizes ideológicos. Neste ano, em particular, por conta da comemoração do bicentenário da Independência do Brasil, e pelas convocações do presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiadores têm feito em discursos e nas redes sociais, o clima é de alerta.
Embora o presidente tenha dito na live da última quinta-feira, 1º, os atos para os quais ele voltou a convocar seus seguidores, não terão um caráter antidemocrático. Bolsonaro disse que participará de ato em Brasília, pela manhã, e em Copacabana, no Rio de Janeiro, à tarde.
Contudo, a apreensão ocorre por causa da atuação do presidente no 7 de setembro do último ano quando, em discurso na Avenida Paulista, no Centro de São Paulo, fez ataques ao Judiciário brasileiro e citou nominalmente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e atual presidente do Tribunal Superior Federal (STF), Alexandre de Moraes, a quem chamou de “canalha”. Além disso, caminhoneiros apoiadores do chefe do Executivo invadiram e ocuparam a Praça dos Três Poderes, em Brasília, comemorando um suposto fechamento da sede do STF.
Na capital baiana
Em Salvador, os apoiadores do presidente estão se manifestando nas redes para organizar um encontro, a partir das 9h da próxima quarta-feira, 7, no Farol da Barra, onde costumeiramente os bolsonaristas soteropolitanos se encontram para apoiar o mandatário da República.
Antes disso, no domingo, 4, com concentração a partir das 9h, no estacionamento do antigo Aeroclube, na Boca do Rio, acontecerá uma carreata em apoio a Bolsonaro.
Procuradas pelo PORTAL A TARDE, as assessorias das campanhas dos candidatos ao governo da Bahia informaram que os postulantes ao Palácio de Ondina ainda não definiram a agenda para o Dia da Independência.
Grito dos Excluídos
Comemorando em 2022 a sua 28ª edição, o Grito das Excluídas e dos Excluídos desfilará em diversas cidades dos estados brasileiros. Na Bahia, até o momento, a única cidade que o movimento confirmou o desfile foi na capital.
Sob o tema "Brasil: 200 anos de (In)dependência. Para quem?", o movimento, em Salvador, se concentrará à partir das 8h30 no Largo do Campo Grande.
O “Grito dos Excluídos” surgiu em 1995 durante 2ª Semana Social Brasileira, evento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), como um contraponto ao “Grito do Ipiranga”, em referência a uma suposta fala do então príncipe regente, Dom Pedro, que teria gritado “Independência ou morte!”.
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