ECONOMIA
Bahia pode ser “Arábia Saudita” da energia limpa, diz secretário
Angelo Almeida abriu Workshop Bahia Estado Sede do Refino Verde no Mundo
Por Flávia Requião e Lula Bonfim
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Angelo Almeida (PSB), declarou na manhã desta segunda-feira, 10, que a Bahia possui potencial para ser uma espécie de “nova Arábia Saudita” no setor energético, se tornando uma referência mundial na produção de energia limpa.
O comentário de Angelo Almeida ocorreu após sua participação no Workshop Bahia Estado Sede do Refino Verde no Mundo, realizado nesta segunda, em Salvador. Segundo ele, é uma sinalização para que os setores público e privados enxerguem no estado uma possibilidade de investimento em economia verde.
“Nós trouxemos esse Workshop Bahia Estado Sede do Refino Verde no Mundo, com a convergência de instituições privadas, públicas, pesquisa acadêmica, para que a gente possa justamente colocar na mesa das nossas autoridades nacionais a oportunidade de dizer a Petrobras que ela precisa assumir um papel fundamental para o fortalecimento dessa nova cadeia, essa nova matriz energética mundial, que é a perspectiva do hidrogênio verde na Bahia, tendo a Bahia como sede dessa refinaria verde. A economia verde vai dominar a economia mundial”, afirmou Almeida.
“A economia verde está na iminência de ganhar o mundo, a partir do que estão fazendo em outros países. E nós estamos fazendo muito pouco até aqui. A Bahia tem todos os suprimentos necessários para a construção do hidrogênio verde mais barato do mundo”, acrescentou.
O titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) ainda comparou a situação à de um shopping center. Segundo ele, as condições para que o planejado seja realizado são parecidas.
“Vamos comparar, então, isso a um shopping center. Para esse shopping center da economia verde funcionar, para vender e produzir derivados do hidrogênio verde, para abastecer a cadeia mundial, ele precisa de duas coisas fundamentais. Primeiro, quem forneça. Nós temos aqui o suprimento da energia barata, limpa, segura e abundante na Bahia, que é o híbrido da solar com eólica”, explicou.
“Segundo, nós temos a segunda melhor Bahia abrigada do mundo, que é a Baía de Todos-os-Santos, que é o ‘no parking, no business’ — se não tem estacionamento, não tem negócio. E o fundamental é que nós temos o complexo químico de Camaçari, que tem tudo a ver com o hidrogênio verde, que nada mais é do que um processo químico, de química. Dito tudo isso, a gente quer que a Petrobras venha a ser essa loja âncora, porque não existe shopping, não existe negócio, se não tiver lojas âncoras, para serem a coluna vertebral desse processo”, complementou Almeida.
De acordo com o secretário, a Petrobras pode e deve ser uma parceira da Bahia nessa área, assim como foi nos anos 1950, quando a empresa estatal foi fundada e começou sua operação no estado.
“O que é que os representantes de empresas estão fazendo aqui? Vieram para dizer à Petrobras: pode vir para a Bahia, pode confiar, como confiaram há mais de 70 anos. Chegaram aqui pessoas para criar a Petrobras, a primeira refinaria de petróleo no Brasil foi aqui. Como há 40 anos, nossos antepassados também chegaram aqui para criar o Complexo Químico de Camaçari”, apontou Almeida.
“Vamos acreditar, mais uma vez, no potencial que a Bahia tem, porque nós temos tudo para sermos, sim, a Arábia Saudita do século XXI para o XXII com a geração de energia limpa e trabalhando com o complexo ambiental e com a necessidade que a humanidade tem de termos geração de energia limpa, economia verde, funcionando no mundo inteiro”, concluiu.
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