CRESCIMENTO DA BASE
Caetano avalia chance de PSDB pousar no governo Jerônimo
Titular da Serin garantiu que governo estadual está aberto ao diálogo com qualquer grupo político
O secretário estadual de Relações Institucionais (Serin), Luiz Caetano, em exclusividade para o Portal A TARDE comentou a respeito da possibilidade de o PSDB da Bahia desembarcar na base de apoio do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Essa hipótese causou burburinho desde o início desta semana no mundo político baiano, pois no âmbito estadual e mesmo em Salvador, os tucanos têm um histórico, desde o final da década de 1990 de apoiar o grupo que faz oposição desde meados da primeira década do século XXI ao grupo político encabeçado pelo PT na Bahia.
Sem contar que, no plano nacional, o PSDB e o PT disputaram seis eleições presidenciais, entre 1994 e 2014 polarizando os campos eleitorais do país. Desde a reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff, no entanto, os tucanos foram deixados de lado do protagonismo nacional, perdendo quadros históricos da legenda, como o atual vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e deixando de dividir o protagonismo da política brasileira ao lado do PT.
Titular de uma pasta de privilégio por onde passa diálogos com os atores políticos baianos, para Caetano, o partido que tem três deputados na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) claramente tem espaço na base de Jerônimo.
“É um partido que tá muito bem dirigido por Adolfo Viana aqui na Bahia. Ele tem três deputados estaduais, ou seja, nós temos todo interesse de conversar e na hora que achar conveniente, nós vamos conversar”, apontou Caetano.
Em linha similar de raciocínio a do secretário, o deputado estadual Robinson Almeida diminuiu a importância do “susto” que seria o PSDB voar para o ninho organizado pelo PT na Bahia.
“Olha o PSDB ele está devendo uma reconstrução nacional. O partido diminuiu muito. Não conseguiu mais exercer a polarização nacional que exercia com o PT nas eleições presidenciais e nos estados ele tá buscando outros caminhos. Então, um diálogo com o presidente Lula e um diálogo com o governador Jerônimo, creio que é fruto desse ambiente novo que o PSDB tem que se reposicionar e creio que haverá sempre do lado do governo vontade de conversar, de convergir para um projeto que signifique reforçar a governabilidade do presidente Lula e ampliar a base do governador Jerônimo”, destacou Robinson.
Conversa com prefeitos
O titular da Serin disse ainda que o grupo liderado pelo PT no âmbito estadual não está de portas fechadas para ninguém. Aceita conversar, inclusive, com prefeitos que fizeram campanha para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022.
“Nós vencemos aquela etapa [1º e 2º turnos de 2022], vamos agora ter novas etapas da política. Uma delas é a eleição de 2024, que ela, é claro, que não dá pra você já, de cara, priorizar quem não veio, e deixar de lado quem já veio lá de trás. Então, nós temos que estar juntos, consolidar o que aqueles que votaram conosco no primeiro turno e segundo turno e, obviamente, ampliar com aqueles que, dentro de alguns critérios, respeitando a nossa base, de cada campo para que a gente possa fazer um bom dever para as eleições municipais de 2024”, argumenta.
Sobre a estratégia do grupo político do qual faz parte em 2024, Luiz Caetano reforçou o discurso que tem sido feito por Jerônimo, pelos líderes dos partidos e possíveis postulantes, sobretudo os de Salvador. “Nós estamos discutindo com o conselho político pra que a gente transforme isso em uma condição a todos que compõem o conselho, para que a gente melhore essa formulação nas reuniões, para que o conselho aprove uma decisão política, uma estratégia política. Então, a ideia primeira nossa é poder unificar isso, essa estratégia no conselho político e aí unificar, através do conselho, em cada região, em cada cidade, a união das forças política da base e aqueles candidatos que tiverem a melhor performance, não só de pesquisa, mas também do ponto de vista de unir a frente política local. Nós deveremos apostar em um só candidato em um só candidatura, não na maioria dos municípios e aqui também em Salvador”.
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