"Câmara de Salvador não é apêndice de prefeitura", diz Geraldo Junior
Presidente da Casa rebate prefeito Bruno Reis e defende piso constitucional de dois salários mínimos para os agentes de saúde
O presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), rebateu as declarações do prefeito Bruno Reis (União Brasil) e subiu o tom em defesa do piso constitucional de dois salários mínimos para os agentes de endemias.
Reis classificou como “jabuti” a inclusão de uma emenda para garantir o piso, utilizando um termo consagrado na política para designar a inclusão de artigos sem ligação com determinada matéria legislativa levada a plenário.
Geraldo Júnior reagiu e disse que "golpe é o que ele tenta dar nos agentes de saúde da cidade do Salvador, que 'desde maio suplicam uma negociação com a Prefeitura e encontram as portas fechadas´”. O presidente da Câmara lembrou que os mais de quatro mil agentes da capital ganham apenas R$ 878,00 de salário base.
“Ele, que entende muito de jabuti, deveria saber que as emendas de relator fazem parte do processo e tantas vezes foi utilizada por ele e pelo líder dele. Já estou acostumado a ingratidões. Nestes dois últimos meses já aprovamos quatro mensagens do Executivo por acordo, para ajudar a nossa população, sob a nossa condução. Uma prova de que a cidade está acima das divergências políticas”, argumentou Geraldo.
.“Sendo muito sincero, não tenho culpa e não vou ensinar ninguém a votar. A base dele não sabe o que vota? O líder dele não sabe conduzir uma votação? A emenda foi aprovada por unanimidade, depois de indagação desta presidência e do decano da Casa, vereador Edvaldo Brito”.
Geraldo Júnior ainda pontuou que o Executivo trata a cidade com brincadeira e irresponsabilidade. “Enquanto isso, fica brincando de ser prefeito. Vá trabalhar e defender a população que está abandonada nas comunidades. Pare de brincar com a vida das pessoas. Tá Aprendendo com o chefe dele, que adota a premissa de que ‘só presta se tiver ao lado deles e subserviente a eles’, ou seja, quem antes prestava, agora não serve mais”, rebate Geraldo Júnior.