ISSO É BAHIA
Carballal: ‘Não há transição energética sem desenvolver a mineração’
Presidente da CBPM, Henrique Carballal foi o entrevistado desta quinta-feira, 19
Por Eduardo Dias
O desenvolvimento do setor de mineração da Bahia, que é o terceiro maior estado na produção mineral do Brasil, terá um novo momento após a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE) assinar um documento para a construção de um Grupo de Trabalho (GT) em parceria com a China. O GT conta com três representantes brasileiros e três chineses, sendo presidido pelo presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Carballal.
Em conversa com o programa Isso é Bahia, da Rádio A TARDE FM, nesta quinta-feira, 19, Carballal explicou como o GT atuará e qual o cenário atual e potencial mineral da Bahia para ser explorado.
“É importante que todos saibam que a Bahia é o terceiro estado na produção mineral do Brasil, atrás de Minas e Pará. Apesar de sermos o terceiro estado, temos uma multiplicidade de minerais, fruto das pesquisas realizadas pela CBMP ao longo de 50 anos, e temos os minerais da transição energética, que colocam a Bahia numa posição privilegiada no debate sobre a mineração. Não existe transição energética, retirada de carbono da atmosfera sem mineração. Se o mundo necessita nesse instante de uma transição energética, para a retirada de carbono da atmosfera, nós precisamos desenvolver a mineração. Naturalmente, respeitando o meio ambiente, com as políticas ESG, precisamos construir as ODS que a ONU estabelece como parâmetro para a realização governamental para a natureza. Respeitando isso, nós precisamos avançar em vista o desenvolvimento minerário”, disse.
Essa é uma grande oportunidade para o estado da Bahia desenvolver a sua economia e permitir que essa riqueza possa ser distribuída para o seu povo
O presidente do órgão estatal disse ainda que a CBPM busca, através desta parceria com os chineses, além de investimento da China, uma sociedade e desenvolvimento para o setor no estado e "mais um pouco”, como ele mesmo explica.
“Nós estamos assumindo agora o avanço de um projeto de um mineroduto, vindo da região de Minas Gerais, passando por 12 cidades da Bahia, chegando ao porto de Ilhéus, onde vai, a priori, ser escoado minério de ferro. Os investimentos que a China realizará na Bahia, por conta desse mineroduto, são da ordem de $770 milhões. Não estamos falando de poucos recursos, são muitos recursos que trarão desenvolvimento, investimento, riqueza para o estado. Naturalmente, esse projeto precisa garantir que não haja nenhum tipo de contaminação, tendo em vista que é através da água, que precisa ser tratada e pode ser reutilizada para o desenvolvimento da agricultura”, disse.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes