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Deputado baiano apresenta projeto que revoga Novo Ensino Médio

Bacelar (PV) defende que NEM “vai precarizar e aumentar as desigualdades educacionais”

Publicado quarta-feira, 22 de março de 2023 às 18:13 h | Atualizado em 22/03/2023, 19:50 | Autor: Da Redação
O parlamentar ressaltou que as escolas não têm infraestrutura, falta formação adequada dos professores e a carga horária de disciplinas tradicionais foi reduzida
O parlamentar ressaltou que as escolas não têm infraestrutura, falta formação adequada dos professores e a carga horária de disciplinas tradicionais foi reduzida -

Preocupado com as consequências do Novo Ensino Médio (NEM) e com o futuro dos alunos da rede pública, o deputado federal Bacelar (PV) apresentou, na noite desta terça-feira, 22, um projeto de lei (1299/2023) que revoga a reforma do ensino médio. “O NEM vai precarizar e aumentar as desigualdades educacionais” argumentou.

O modelo, aprovado em 2017 pelo governo de Michel Temer (MDB) e implantado em 2022 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), oferta um conjunto de novas disciplinas optativas em todas as escolas do país. A partir de 2023, cada estudante passou a poder montar seu próprio ensino médio, escolhendo as áreas (os chamados “itinerários formativos”) nas quais se aprofundará.

Os defensores do novo ensino médio dizem que o modelo antigo era visto mais como uma preparação para o ensino superior, agora, a proposta é dar uma formação mais voltada ao mercado de trabalho, mas para Bacelar a mudança na grade curricular é excludente e prejudica o aprendizado, o pensamento crítico e o debate plural dos alunos da rede pública.

O parlamentar ressaltou que as escolas não têm infraestrutura, falta formação adequada dos professores e a carga horária de disciplinas tradicionais foi reduzida. “É um retrocesso. Não há justificativa na retirada de disciplinas como filosofia e sociologia da grade curricular do ensino médio. Será uma geração de jovens com formação precária e sem capacidade de desenvolver pensamento crítico. Não é aceitável que o conteúdo prioritário seja o português e a matemática. E as ciências sociais? E o debate em sala de aula? Tudo isso é nossa referência e não pode ficar de fora”, completou.

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