INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES
Em live, Rui Costa defende realização da CPI do MEC
Governador disse não ser favorável à mistura entre política e religião
Por João Guerra
Durante live realizada na noite desta terça-feira, 28, o governador Rui Costa, dentre temas de inauguração de obras no estado e aviso sobre o ato com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Arena Fonte Nova no próximo sábado, 2, comentou a respeito do requerimento protocolado pela oposição no Senado pedindo que seja instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as irregularidades que recentemente vieram à tona no Ministério da Educação (MEC).
"Eu acho que precisa ser apurado com rigor. Essa história de cobrança, para se ter creche, pagar barra de ouro para pastor envolvido no meio. Não gosto quando mistura política e religião. É uma mistura inadequada", comentou o chefe do Executivo estadual.
Além disso, Costa questionou o envolvimento de lideranças religiosas participando das tomadas de decisões durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL). "Não gosto desse envolvimento. Isso, na história da humanidade, não deu certo nunca. Há indícios fortes de irregularidades e eu sou a favor de apurar tudo".
CPI do MEC
No início da tarde desta terça-feira, 28, com 31 assinaturas de senadores, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), protocolou o documento que pede a instauração da CPI que objetiva investigar as denúncias de corrupção e tráfico de influência no MEC.
A criação da CPI ganhou força na semana passada, após o ex-ministro da educação Milton Ribeiro e pastores denunciados terem sido presos pela Polícia Federal — eles já foram soltos, mas as investigações continuam.
Após o ocorrido, veio à público uma gravação obtida através de grampo telefônico do ex-ministro com a filha. Na conversa, Ribeiro diz que o presidente Jair Bolsonaro (PL) o avisou sobre um pressentimento de que a Polícia Federal poderia fazer uma operação de busca e apreensão tendo como alvo o ex-titular da Educação.
Além disso, outro motivo apresentado pelos senadores que assinaram o pedido de CPI diz respeito às declarações do delegado responsável pelo caso de que ele não teve a autonomia necessária da corporação para poder desempenhar a sua função nessa investigação.
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