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Ex-presidente do PT cobra manutenção de candidatura própria

Secretário de Combate ao Racismo do partido, Ademário Costa afirmou que a militância não aceitará "imposição"

Publicado sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022 às 18:25 h | Autor: Da Redação
Ademário Costa criticou debate conduzido "na imprensa", e não dentro do partido
Ademário Costa criticou debate conduzido "na imprensa", e não dentro do partido -

Ex-presidente do PT em Salvador e secretário de Combate ao Racismo do partido, Ademário Costa criticou nesta sexta-feira, 25, a forma como tem sido conduzida a retirada da candidatura do petista Jaques Wagner ao governo do Estado, para ser substituído por Otto Alencar (PSD).

"A direção do PT na Bahia foi eleita em congresso com a estratégia de trabalhar para a candidatura própria ao governo do Estado. Não cabe agora rever as decisões do PT fora das instâncias do partido. A militância precisa participar do debate e da decisão e nós vamos lutar para isso. Não aceitaremos nenhuma decisão sem ser nessas condições”, declarou Ademário.

Segundo o dirigente, está sendo utilizado um método de pautar a sigla e definir decisões partidárias através de notícias na imprensa. "Essa prática faz parte de um passado que nenhum quadro político do partido deve repetir, pois fragiliza e aniquila as instâncias partidárias do PT e enfraquece a capacidade do partido de apresentar políticas públicas para a sociedade”, disse.

"O que está acontecendo é que pautaram na imprensa uma decisão que só pode ser tomada internamente pelo partido. Existe uma agência de notícias impondo a chapa majoritária e a imprensa não é o espaço para anunciar decisões não debatidas no diretório”, reiterou Ademário. 

Para o secretário, uma candidatura própria do PT na Bahia também é importante para a disputa nacional. “Ela nos unifica e é fundamental para a eleição do presidente Lula, e o projeto nacional de retomada da democracia, da economia, do desenvolvimento social. E, para isso, precisamos discutir os compromissos que vamos assumir com a Bahia, com o Brasil, com a militância, com os grupos sociais, as comunidades. A militância não aceitará imposição, é preciso debate”, concluiu.

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