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João Roma quer fortalecimento do PL na Bahia e aliança com Bruno

Presidente do partido na Bahia concedeu entrevista ao Portal A TARDE

Publicado terça-feira, 06 de fevereiro de 2024 às 09:31 h | Atualizado em 06/02/2024, 10:53 | Autor: Flávia Requião
Bolsonarista de carteirinha, o ex-candidato ao Governo da Bahia também destacou a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro a Salvador para fortalecer candidaturas
Bolsonarista de carteirinha, o ex-candidato ao Governo da Bahia também destacou a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro a Salvador para fortalecer candidaturas -

Fortalecimento do PL na Bahia, com a eleição de prefeitos, prefeitas e vereadores, aliança com o prefeito Bruno Reis (União Brasil) e repercussão da Operação Vigilância Aproximada, deflagrada na última semana e que teve o vereador Carlos Bolsonaro (PL) como alvo, foram alguns dos temas abordados pelo presidente estadual da sigla na Bahia, João Roma, em conversa com o Portal A TARDE.

Bolsonarista de carteirinha, o ex-candidato ao Governo da Bahia também destacou a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro a Salvador. O ex-mandatário virá acompanhado da ex-primeira-dama que receberá a Comenda 2 de Julho, maior honraria da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).

Confira a íntegra da entrevista abaixo:

O PL não possui um número significativo de prefeituras e vereadores no estado. Na sua concepção, qual a perspectiva do partido para as eleições deste ano?

O PL tem se estruturado em toda Bahia. Já estruturamos mais de 150 diretórios municipais e teremos chapas competitivas com prefeitos, vice-prefeitos e vereadores do partido. Com isso, visamos fortalecer o partido, observando inclusive um papel maior nas eleições gerais. O PL tem nomes que têm se destacado, mas estamos avançando. No caso de Salvador, a tendência do partido é a aliança com o prefeito Bruno Reis, que tem que ser tratada internamente, e queremos também apresentar uma fortíssima chapa de vereadores. O PL tem uma expectativa de fazer pelo menos quatro vereadores em Salvador.

Por falar em Salvador, há rumores de saída de vereadores de mandato do partido, como no caso dos vereadores Isnard Araújo, Alexandre Aleluia. Há previsão de saída desses vereadores da sigla? 

Não, Isnard saiu da Igreja Universal e estava pensando no seu projeto, ainda não seguiu uma hipótese de sair do PL para um outro partido, mas é possível também que ele fique, uma vez que agora não está mais sob a rédea da Igreja Universal. Vamos aguardar, temos buscado essa conversa e ver como que iremos aí, mas temos nomes fortes.

O ex-prefeito João Henrique tem sido sondado por diversos partidos. Há conversas entre ele e o PL?

Então, acho que é um reinício de trajetória política quanto representante no legislativo, sempre foi um grande destaque, né? E foi muito atacado como Executivo.

Apesar de já ter declarado que deve seguir com apoio ao prefeito Bruno Reis, o senhor já havia sinalizado que poderia colocar o nome à disposição para uma candidatura à Prefeitura de Salvador. Ainda pensa nisso? 

Nós avançamos nisso, fui até bem pontuado nas pesquisas, mas conversando com o presidente Bolsonaro, ele disse: 'Olha Roma, não podemos jogar com a vaidade', então poderia ser até 100% confortável buscar fazer uma apresentação utilizando esse grande tempo de TV para para fortalecer as bandeiras do partido, mas eu preciso também observar os demais líderes do PL. Então, observando e ouvindo todos, nós estamos mais direcionados a seguir o prefeito Bruno Reis.

O partido já pensa em alguma data de anúncio oficial para o apoio a Bruno? 

Deve ser no final de março. Nós vamos reunir todos e buscar o verdadeiro caminho. Nós levamos algumas propostas, inclusive de desoneração fiscal, buscando maior liberdade econômica no município. Vamos seguir conversando.

Qual a sua avaliação da nova tendência do PT de não encabeçar chapas nas eleições deste ano em grandes cidades, como Salvador, São Paulo?

Resta saber se os simpatizantes deste partido vão seguir essa caminhada, porque uma das principais forças é quando justamente busca a utilização do número do partido, né? E do personagem maior. A partir do momento que isso não está diretamente vinculado, isso pode gerar também uma desidratação, então é um passo que pode gerar muitos riscos. Precisa ver ao decorrer da candidatura, aqui em Salvador mesmo você já vê muitos nessa, dividindo ou alguns que estão mais à esquerda já se vinculando ao candidato do PSOL, então isso pode criar alguns transtornos para esse grupo mais ideológico que acompanha o PT. Não seria exatamente uma ruptura em termo de liderança, mas eu digo no direcionamento do eleitorado, porque a grande parte desse eleitorado, que vai seguir suas tendências pelo que ele identifica e talvez eles não consigam transmitir essa vinculação para o eleitor.

O senhor confirmou a vinda do ex-presidente Bolsonaro a Salvador em março. O que podemos esperar dessa visita?

Nos dias 8 e 9 de março. [Data da visita] Na próxima semana, logo após o carnaval, eu devo sentar com o presidente Bolsonaro para definir uma agenda com ele aqui na Bahia. Eu estou sugerindo que ele, além de Salvador, possa visitar outros municípiosTalvez seja em um outro momento, mas por si só nós vamos trazer nossos principais candidatos para fazer material, vídeo com o presidente, buscar encorajar e fortalecer essas candidaturas do PL em todo o estado da Bahia.

Por fim, na sua avaliação, qual o saldo negativo da operação da PF que teve um dos alvos Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, para o partido e aliados?

Olha, o que eu fico impressionado...É que um país que tem um judiciário com dois pesos e duas medidas. Hoje, nós vemos notícias que a violência afeta em 0.6% PIB do Brasil, toda riqueza do Brasil, o nome disso é investimento e geração de emprego. E da mesma forma, você vê que a segurança jurídica tem a ver com isso. Então, você vê atrocidades sendo cometidas pelos atuais mandatários e um judiciário não só silente, mas praticamente buscando servir ao governo de plantão e uma sanha persecutória, em especial ao presidente Bolsonaro e sua família.

Mas não só com as medidas judiciais totalmente descabidas, sobre o que ocorreu no 8 de janeiro, que foi uma ação reprovada por todos, mas não pode, né? Aquilo ali servir de ações persecutórias, nem de sanha de mandatário do judiciário. Então, é isso que você observa, o ministro Alexandre de Moraes buscando cada vez mais se utilizar. Ao invés de ser guardião da Constituição, está buscando perseguir e subjugar as liberdades individuais dos brasileiros. No caso da operação do [Carlos] Bolsonaro, foi mais um desses casos que eu acho que entra para a história como um descaminho para o judiciário, com medidas superficiais, sem objetivos claros. É uma falta de procedimento que inclusive deixa até em cheque a respeito da Polícia Militar do Brasil, da Polícia Federal do Brasil, as forças policiais de forma geral, porque todos eles terminam sendo muitas vezes manipulados com decisões judiciais esdrúxulas.

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