ELEIÇÕES
Leão diz ser amigo de Lula e Bolsonaro: "Meu partido é a Bahia"
"Eu vou deixar eles brigando lá e vou cuidar da minha vida", disse
Por Lucas Franco
A poucas horas de evento com ACM Neto que pode selar sua pré-candidatura ao Senado pela chapa formada por União Brasil, o vice-governador da Bahia, João Leão (PP), deu entrevista ao portal A TARDE na manhã desta quinta-feira, 17, logo depois da sua participação no programa Isso É Bahia, na Rádio A Tarde FM (103.9)
Quando foi anunciada sua aproximação com o pré-candidato ao Governo do Estado pelo União Brasil, Leão declarou que não abrirá mão de apoiar a pré-candidatura à presidência da República de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se o petista assim quiser. No entanto, o pepista diz ter boa relação com o maior rival político do líder das pesquisas eleitorais. "Eu tenho uma amizade pessoal com o presidente Lula e tenho uma amizade pessoal com o presidente Bolsonaro", disse.
No entanto, pelo maior tempo de relação e por ter sido líder do governo na Câmara, a inclinação do pepista é maior pelo petista. "Ganhe quem ganhar, Leão é amigo de todos os dois. Agora, eu tenho uma amizade pessoal maior com Lula em função do tempo em que eu passei na Fiol (Ferrovia de Integração Oeste Leste). Lula autorizando a Fiol, então eu tenho uma amizade pessoal com Lula. Agora é aquela história, eu só quero quem me quer", pontuou.
O resultado da eleição presidencial, para Leão, não é mais importante do que o desenvolvimento do estado. O vice-governador disse que seu partido é a Bahia. "Eu vou deixar eles brigando [Lula e Bolsonaro] e vou cuidar da minha vida".
Senado
Durante o programa Isso é Bahia, o vice-governador afirmou que a corrida pela vaga de senador na Bahia tem o cavalo de Otto Alencar (PSD) na frente até o momento, "Mas o cavalo de Leão vem com garra".
Rompido com a base aliada de Rui Costa (PT), Leão disse que ainda não falou com Jaques Wagner (PT) após o senador petista ter dito em entrevista que o pepista não assumiria o Governo do Estado por nove meses, como havia sido acordado, segundo ele.
"O que aconteceu foi alguma bruxaria, alguma vassoura que passou pela cabeça de Jaques Wagner", disse Leão, em tom de brincadeira. O pepista alegou não ter qualquer problema com o petista e que só não se falaram ainda por conta de desencontros no momento dos telefonemas. Apesar disso, para Leão, não há o que fazer para manter laços de aliança com a base petista. "Não tem jeito, é caixão e vela. Vamos tocar nosso barco".
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