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Lúcio diz que Colbert critica governo para "esconder má gestão"

Presidente de honra do MDB da Bahia disse ainda que prefeito de Feira não atende telefone

Publicado segunda-feira, 23 de janeiro de 2023 às 10:16 h | Atualizado em 23/01/2023, 10:21 | Autor: Lucas Franco
Lúcio Vieira Lima deu entrevista ao programa Isso É Bahia, da Rádio A TARDE FM (103.9)
Lúcio Vieira Lima deu entrevista ao programa Isso É Bahia, da Rádio A TARDE FM (103.9) -

As divergências dentro do MDB da Bahia foram tema de entrevista na manhã desta segunda-feira, 23, com o presidente de honra da legenda no estado e ex-deputado federal, Lúcio Vieira Lima, no programa Isso É Bahia, da Rádio A TARDE FM (103.9).

Na entrevista, Lúcio afirmou que divergências na política são naturais, mas não poupou críticas ao prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (MDB). "Ele quer politizar os problemas para desviar o assunto sobre Feira de Santana", afirmou o presidente de honra do MDB, que apontou problemas na gestão do seu correligionário em áreas como educação e saúde. Segundo Lúcio, são temas que não estariam relacionados com a gestão estadual.

"Com menos de 30 dias de governo, ele critica Jerônimo [Rodrigues, governador da Bahia] pela segurança de Feira de Santana. Na mesma semana, estava fechando postos de saúde porque a prefeitura tinha três meses sem pagar os médicos", disparou o entrevistado do Isso É Bahia. "Jerônimo não pode intervir na saúde de Feira, porque existe constituição, atribuições de estados e municípios", completou.

O erro do alcaide feirense, para Lúcio, começou com sua aproximação com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB). "Fez uma campanha [ACM Neto] baseada em fake news e factoide. Está tudo estourando agora, como dizer que perdeu a eleição para Lula [PT, presidente da República], não para Jerônimo", discorreu o ex-deputado federal. "E em 2018, quando Lula não foi candidato, por que ele retirou a candidatura? Ele perdeu com Lula, perdeu sem Lula, e vai continuar perdendo", alfinetou.

Do ponto de vista estratégico, Lúcio disse compreender o descolamento de Colbert do PT baiano, por ser a legenda do governador a mesma do seu principal adversário em Feira, o deputado federal Zé Neto. "Então ele não poderia apoiar um candidato do PT. Na ótica dele, ele estaria fortalecendo [se apoiasse Jerônimo] o PT em Feira de Santana", opina.

No entanto, Lúcio deu o cenário nacional da legenda como exemplo de que divergências podem ser tratadas com mais respeito. "Simone Tebet era a candidata do partido [MDB], mas aqui na Bahia apoiamos o presidente Lula, três diretórios estaduais apoiaram, e não teve nenhum problema", conta. "Como nós, da Bahia, ficaríamos contra Lula, se o povo todo queria Lula? Por isso, mostramos para a direção. Não saímos por aí dizendo que somos a dissidência", completou.

Além de criticar a gestão de Colbert, Lúcio reclamou que o prefeito de Feira de Santana não atende o celular. "Não atende ninguém, é difícil. O governador liga, todo mundo liga", contou o presidente de honra do MDB, que disse ser amigo do alcaide feirense. "Para você ter uma ideia, ele morou dois anos comigo na minha residência em Brasília. Ele era suplente e assumiu", relembra.

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