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‘Medida para se proteger', diz Alex Santana sobre bloco partidário

Republicanos, MDB, PSD, Podemos e PSC formam o maior bloco partidário na Câmara

Publicado sexta-feira, 31 de março de 2023 às 08:02 h | Atualizado em 31/03/2023, 08:07 | Autor: Eduardo Dias
Deputado baiano do Republicanos, Alex Santana conversou com o Portal A TARDE nesta sexta-feira, 31
Deputado baiano do Republicanos, Alex Santana conversou com o Portal A TARDE nesta sexta-feira, 31 -

Um novo bloco partidário envolvendo os cinco partidos de centro e de direita na Câmara dos Deputados: Republicanos, MDB, PSD, Podemos e PSC, que conta com 142 dos 513 deputados da Casa, tem sido visto como um sinal de “racha” dentro do chamado Centrão, deixando de lado o PP e o PL, o que pode ser encarado como um enfraquecimento do poder do presidente Arthur Lira.

Deputado baiano do Republicanos, Alex Santana conversou com o Portal A TARDE nesta sexta-feira, 31, e comentou sobre seu partido ter se juntado às outras siglas e formado agora a maior força política da Casa. 

O Republicanos fez parte da oposição a Lula durante a campanha presidêncial em 2022. A sigla era aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Agora, os parlamentares vão integrar um bloco com partidos da base de apoio ao petista. 

"Eu não conversei ainda com o Marcos Pereira, que é o presidente do partido, nem com o líder do partido na Câmara, mas acredito que isso é uma tendência natural [bloco partidários]. Você tem hoje uma junção, que todo mundo conversa para criar as federações, os blocos partidários, mas é para se proteger e não para enfraquecer ninguém”, disse o deputado.

Segundo Santana, a existência de muitos partidos “nanicos” na Casa acaba enfraquecendo as legendas maiores e o movimento de federações e formação de blocos partidários é “algo natural”. 

“É a necessidade da política, de você diminuir a quantidade de partidos na Câmara. Acredito que é uma visão que não é para tirar força de ninguém. O próprio PP, de Lira, hoje conversa para formar uma federação. É até uma maturidade para deixar de ter tantos partidos pequenos”, continuou. 

A criação do bloco partidário pode ter reflexos não só no dia a dia das votações no Congresso, como também na montagem da base de sustentação do governo Lula e na sucessão de Lira em fevereiro de 2025.

Sobre se o novo bloco representa um enfraquecimento do poder de Lira entre os parlamentares, Alex Santana disse que não vê a medida se justificar a isso e prega o discurso de que o intuito é apenas fortalecer as representações de partidos maiores. 

"Acho que não, a gente sempre teve na Câmara a liberdade da opinião, das discussões. Apesar de ser um bloco grande, sempre vai haver divergência, mas é algo natural, uma compreensão de maturidade entre os partidos”, pontuou.

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