REDUZIR CONGESTIONAMENTOS
Novo viaduto na Av ACM vai destravar fluxo, avaliam secretários
Prefeitura vai construir equipamento por R$ 50 milhões em 14 meses
Por Lula Bonfim e Eduardo Dias
Um novo viaduto que vai interligar a Avenida ACM, nas regiões do Corpo de Bombeiros e as proximidades do acesso para a Av. Mário Leal Ferreira (Bonocô), que vai reduzir congestionamentos na região e melhorar a mobilidade, será construído pela prefeitura de Salvador em 14 meses, por R$ 50 milhões.
Os secretários de Mobilidade Urbana (Semob), Fabrizzio Muller, e de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), Luiz Carlos, detalharam ao Portal A TARDE os principais aspectos da obra. Segundo a prefeitura, o viaduto vai beneficiar motoristas vindos das avenidas Tancredo Neves e Paralela que desejam retornar para a Av. ACM.
"Na verdade, esse é mais um projeto que faz parte de um grande projeto que é a nova Tancredo Neves. Com a implantação do BRT, foi feito um escudo para projetos complementares em toda a região. Então tudo isso aqui foi simulado através de sistemas específicos de simulação de origem e destino, para que a gente pudesse ver quais eram as intervenções mais necessárias nesta região. Então, é um pacote de intervenções, desde o Mergulhão, que está nesse projeto, a ponte do Camurujipe, a duplicação da Marcos Freire, o viaduto em frente ao Shopping da Bahia que vai ser iniciado agora, e esse viaduto aqui. Tudo isso é um pacote de intervenções que contemplam toda essa região para dar uma melhor fluidez, para dar mais atendimento a determinadas regiões, tirando por exemplo o fluxo da Rótula do Abacaxi, melhorando realmente o trajeto das pessoas", disse Fabrizzio.
O titular da Semob respondeu ainda sobre as críticas que a pasta recebeu desde que fez o anúncio da intervenção nas redes sociais.
"Eu respondo com estudos. Nada aqui é feito sem estudos técnicos, com sistemas de micro simulação, sistemas que identificam as necessidades da cidade. É claro que se você for olhar do ponto de vista, talvez, urbanístico, o viaduto é sempre um elemento que pesa, mas há uma necessidade de viário. As pessoas falam, e a gente ouve muitas críticas, inclusive colocando como exemplo cidades na Europa, onde as pessoas não utilizam tanto o carro. Aqui a gente ainda tem uma cultura rodoviarista de prioridade ao carro, não é isso, a gente está tentando mudar, tanto é que a gente está melhorando o transporte público, justamente para mudar essa cultura, só que isso não acontece da noite para o dia, e a cidade precisa, em determinados pontos, intervenções para melhorar a sua mobilidade”, disse.
“Então, assim, claro que a gente, por outro lado, vem fazendo um trabalho de melhoria do transporte público, a gente iniciou o primeiro dia útil de uma nova linha do BRT, isso tem trazido o BRT tem trazido muita facilidade, muita mobilidade para as pessoas, melhoria no seu deslocamento, da mesma forma que o metrô trouxe, e que a gente está melhorando toda essa integração do sistema de transporte público. Claro que é o que a gente vê como o futuro da cidade, e a melhoria do transporte para que as pessoas possam deixar o seu veículo em casa, mas isso ainda não é uma realidade de momento da cidade, a gente tem outras questões que impactam, inclusive a segurança pública, é um ponto que impacta na utilização do transporte público, isso é apontado em todas as nossas pesquisas, as pessoas hoje têm um pouco de receio de sair do transporte público por conta da violência. A gente precisa agir pontualmente na cidade para trazer melhorias naquelas regiões que a gente entende que são necessárias. Mas assim, nada é feito sem estudo, sem realmente um trabalho técnico por trás”, pontuou Muller.
Já Luiz Carlos, titular da Seinfra, avaliou que a intervenção fará com que os motoristas possam retornar de forma rápida para o sentido oposto da via.
“O viaduto é importante para quem mora e trabalha nessa região, quem vem da região da Paralela, que mora ou trabalha na região do Iguatemi, por exemplo, ou na região de Brotas. Na atual conjuntura, ele tem que ir na Rótula do Abacaxi, enfrentar toda aquela confluência de veículos que vêm de outras regiões para retornar. Com esse viaduto, ele vai poder retornar de forma rápida, sem perder tempo. Com investimento de R$ 51 milhões, quase R$ 52 milhões, com prazo de obra de 14 meses. Esse viaduto surgiu a ideia quando o prefeito Bruno ainda era secretário da Seinfra”, afirmou o secretário.
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