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"Nunca preguei isso", diz Jerônimo sobre "aprovação em massa"

Governador detalhou a portaria nº 190, que, segundo ele, foi mal interpretada

Publicado segunda-feira, 11 de março de 2024 às 08:14 h | Atualizado em 11/03/2024, 10:53 | Autor: Flávia Requião
Ainda na conversa, Jerônimo afirmou que os alunos se sentem “encurralados”, principalmente ao realizarem provas, e que isso não era para acontecer
Ainda na conversa, Jerônimo afirmou que os alunos se sentem “encurralados”, principalmente ao realizarem provas, e que isso não era para acontecer -

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) comentou na manhã desta segunda-feira, 11, sobre a acusação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) ao Governo da Bahia sobre uma suposta aprovação em massa nas escolas. Em conversa com o programa Isso é Bahia, da A TARDE FM, o petista desmistificou a Portaria de nº 190, que trata sobre a reivindicação da categoria.

“Se houve má interpretação ou algum vacilo na escrita da portaria, a intenção não era de abrir a porteira como usaram, abrir a porteira e passa todo mundo, eu nunca preguei isso até por que eu sou pai e quero uma escola de qualidade, eu sou educador e militante, mas eu quero uma escola que acolha”, iniciou.

Ainda na conversa, Jerônimo afirmou que os alunos se sentem “encurralados”, principalmente ao realizarem provas, e que isso não era para acontecer.

“Então criou-se esse ambiente na escola [...] é um conceito que não combina mais”, disse. “A prova é um instrumento de análise, de avaliação, para dizer ‘olha você não está bem aqui, vamos consertar não fique tenso, não fique com medo”, declarou.

“Não estou pedindo para poder aprovar, isso não combina comigo. ‘A ele quer aprovar quem não vai na escola’, não! Quem não vai na escola não vai nem ser avaliado”, completou.

“Um estudante que passa o ano todo indo para a escola e no final do ano ele não é aprovado, qual é da escola? Tem o conselho, que não fui eu que criei. Para que é o conselho? Avaliar se aquele menino tem condições de fazer aquela recuperação, às vezes nem faz a prova, pelo conjunto do conhecimento e aprendizagem, da prática dele na escola, o próprio conselho segue a viagem dele”, detalhou.

O governo também comparou a situação com a ação de um médico. “Quando se descobre alguma coisa naquela pessoa, com dificuldade na saúde, a primeira ação é buscar salvar aquela pessoa. Eu comparo isso, de forma grosseira ou não, por que meu sentimento é esse, quando uma família, um jovem ou estudante, procura uma escola, é por que nós entendemos que há um problema para enfrentarmos, é uma doença crônica, por exemplo, o analfabestimo, a capacidade de leitura , de escrita de análise.”

Jerônimo também enviou uma mensagem aos pais ressaltando que não está “querendo criar uma escola do faz de conta”, mas sim “que seja uma porta aberta”.

O petista também fez questão de evidenciar que caso na portaria de fato exista um erro, ele vai consertar. “Se a avaliação foi que houve um vacilo na gramática, conserta. O importante é a intenção.”

Confira a entrevista completa



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