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Paulo Rangel já teria maioria para se eleger ao TCM; votação é secreta

Petista articulou apoio de bancadas grandes da Assembleia e já soma 34 promessas

Publicado sábado, 23 de dezembro de 2023 às 18:34 h | Autor: Lula Bonfim
Paulo Rangel tem o apoio declarado do PT, do PSD e das bancadas do G8 e do G+
Paulo Rangel tem o apoio declarado do PT, do PSD e das bancadas do G8 e do G+ -

O deputado estadual Paulo Rangel (PT) tem a faca e o queijo para ser o mais novo conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). O parlamentar petista articulou apoios importantes na última semana e já soma 34 promessas de voto na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), número superior ao mínimo necessário para ser eleito.

Rangel já tem os apoios declarados de seu próprio partido, o PT, com nove deputados estaduais; do PSD, que também tem nove parlamentares; e das bancadas conhecidas como G+ e G8, cada uma com oito parlamentares cada. Se ele tiver 32 desses 34 votos em potencial, o petista certamente será eleito para o TCM.

O que não firma a eleição de Rangel é o fato de que, tradicionalmente, as votações para o TCM são secretas, o que pode favorecer as famosas “traições”, quando o parlamentar promete voto para um candidato e acaba votando em outro.

De qualquer jeito, a articulação de Rangel tende a frustrar os planos de outros parlamentares da base do governo Jerônimo Rodrigues (PT). São os casos dos deputados estaduais Roberto Carlos (PV) e Fabrício Falcão (PCdoB). Este último, inclusive, caso se confirmem as promessas de voto ao petista, terá seu objetivo frustrado pela terceira vez seguida.

Nas últimas escolhas para o TCM, quadros políticos ligados ao PT já haviam sido alçados à Corte de Contas. Foram os casos do ex-deputado federal Nelson Pelegrino, diversas vezes candidato petista à prefeitura de Salvador, e da ex-primeira-dama Aline Peixoto, esposa do ministro Rui Costa (PT). Em ambas as oportunidades, Fabrício havia manifestado interesse no posto.

O outro candidato com promessas de voto é Marcelo Nilo (Republicanos), ex-presidente da Alba, e que tem bom trânsito com parlamentares de todos os grupos políticos. Ele, entretanto, é visto como “candidato da oposição”, que tem prometido entregar seus 20 votos ao aliado, número insuficiente para uma vitória.

Nos bastidores, porém, a oposição não descarta abrir mão do apoio a Nilo para se juntar a Fabrício Falcão, caso ele deseje se rebelar na base do governo e lançar uma candidatura independente. “Tem conversas”, confirmou um deputado oposicionista ao portal A TARDE. “Mas o intuito é Nilo”, ponderou.

Suplência

Com uma provável eleição de Paulo Rangel ao TCM — ou mesmo de Fabrício Falcão ou Roberto Carlos —, deve retornar à Alba o ex-deputado estadual Marcelino Galo (PT), primeiro suplente da federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV.

Marcelino foi um dos deputados da legislatura anterior que não obteve sucesso em sua tentativa de reeleição. Quadro histórico do PT, ele é bastante querido por parlamentares da Casa, especialmente os aliados de esquerda.

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