Presidente da Alba ajuíza queixa-crime contra prefeito de Brumado
Gestor municipal chamou deputados de "vendidos" durante entrevista à imprensa
![Queixa-crime foi anunciada em março pelo próprio presidente da Casa Legislativa](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1270000/1200x720/Presidente-da-Alba-ajuiza-queixa-crime-contra-pref0127604700202406252223-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1270000%2FPresidente-da-Alba-ajuiza-queixa-crime-contra-pref0127604700202406252223.jpg%3Fxid%3D6269442%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1719866099&xid=6269442)
Após promessas, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Adolfo Menezes (PSD), ajuizou a queixa-crime contra o prefeito de Brumado, Eduardo Vasconcelos (PSB), que chamou todos os parlamentares de "vendidos", durante entrevista a um podcast. A ação movida pelo pessedista também implica em indenização por danos morais.
O ato havia sido prometido por Menezes em março, conforme revelou à imprensa, sob a justificativa de que as declarações do socialista foram uma "agressão maior" a todos os deputados estaduais. A ação, no entanto, foi distribuída no Judiciário na terça-feira passada, 18, quando chegou a Segunda Câmara Criminal, do Tribunal de Justiça da Bahia, através desembargador Mário Alberto Hirs.
“O prefeito caluniou, difamou e injuriou não só a mim, mas a todo parlamento baiano, ofendendo todos os 63 deputadas e deputados. Ferir a reputação da ALBA, de toda a classe política, e desprezar por completo todo e qualquer parâmetro ético de comportamento, é típico dos antidemocratas, daqueles que defendem o arbítrio e a ditadura. Nós estamos prontos para debater em alto nível, mas não de forma irresponsável e, sobretudo, criminosa”, condena o chefe do Legislativo estadual.
Na ação penal, Adolfo defende o direito de crítica a todo cidadão, dentro dos limites da civilidade. “As graves ofensas proferidas contra o querelante são capazes de abalar o equilíbrio psicológico e a credibilidade entre os membros da comunidade, sobretudo tendo em conta a sua condição de homem público que ocupa cargo de representatividade popular, ultrapassando, inclusive, qualquer limite estabelecido pela normal rivalidade política a que todo homem público está sujeito”, destaca um dos trechos da queixa-crime, assinada pelo advogado criminalista João Venet Lima.
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