BAHIA
Presidente do PT-BA defende possibilidade de chapa com 3 governadores
Éden afirmou que montagem será negociada com aliados, mas ressaltou competitividade como critério
Por Lula Bonfim
O presidente estadual do PT, Éden Valadares, endossou a fala do senador Jaques Wagner (PT-BA) em entrevista divulgada pelo Grupo A TARDE nesta segunda-feira, 6. Segundo o dirigente petista, a construção da chapa majoritária de 2026 será dialogada com todos os aliados, mas ressaltou que a competitividade pode ser um fator decisivo para uma montagem com três “governadores”.
Na avaliação de Wagner, uma chapa composta por ele, candidato à reeleição no Senado Federal; pelo ex-governador Rui Costa (PT), também postulante a senador do grupo; e pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) em busca de mais quatro anos, seria " muito natural", devido à força que os três nomes possuem. A ideia não é descartada por Valadares.
“Se a melhor chapa para garantir a reeleição de Jerônimo, se a melhor chapa para ampliar a votação de Lula na Bahia, for com nossos três ‘governadores’, nós vamos sentar e dialogar com os aliados. Todo mundo quer ganhar, quer crescer, e se a chapa com o ‘trio do trabalho’, como eu tenho chamado, com Jerônimo, Wagner e Rui, for a mais competitiva, por que não?”, defendeu o presidente estadual do PT, em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE.
Éden, porém, deixou claro que nada será imposto pelo PT-BA. De acordo com ele, a construção da chapa será realizada de maneira a assegurar a unidade do grupo político, que hoje dá sustentação ao governo Jerônimo.
O dirigente petista ainda lembrou das conversas de bastidores que dão conta de um suposto racha no grupo, com divergências entre os projetos políticos de Wagner, Rui e do atual senador Angelo Coronel (PSD), que pode acabar ficando de fora da chapa caso os três “governadores” sejam escolhidos. Segundo Éden, não há vaidade pessoal entre esses líderes políticos e um racha não vai acontecer na base.
“Wagner é o fundador do nosso grupo, nosso timoneiro e, como principal articulador, deixa claro que com maturidade e muito diálogo nós vamos encontrar uma equação para garantir a unidade do grupo. Quem apostar que a vaidade individual de alguém ou de algum partido vai prevalecer sobre a vontade coletiva e provocar um racha, vai perder”, garantiu Éden ao Portal A TARDE.
O debate ocorre porque, no seio da base governista, é dado como certo o lançamento, em 2026, da candidatura do ministro da Casa Civil, Rui Costa, ao Senado Federal. Para viabilizar isso dentro do grupo, um dos atuais senadores — Wagner ou Coronel — teria que abrir mão de sua reeleição. O problema é que ambos já declararam interesse em disputar o posto mais uma vez.
Na bolsa de apostas da política baiana, secretários, deputados e lideranças partidárias apostam na saída de Coronel da chapa, possibilitando a entrada de Rui. O senador do PSD, porém, gosta de dizer que só se vê como candidato ao Senado em 2026, pois não teria vocação para outro posto.
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