FIM DE MANDATO
“Se não disputar o TCM, vou aguardar 2026”, diz Nilo sobre o futuro
Nilo não conseguiu ser reeleito para a Câmara e nem ser agraciado com reforma administrativa de Bruno Reis
Por João Guerra
Após não se reeleger para a Câmara Federal e não ter permanecido no cargo de deputado federal como suplente com o rearranjo promovido pela reforma administrativa promovida pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil) na Prefeitura de Salvador, Marcelo Nilo (Republicanos) a poucos dias do fim do seu mandato, comentou, em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE sobre o seu futuro político.
Uma das possibilidades exploradas pelo parlamentar é tentar disputar a vaga no Tribunal de Contas do Município (TCM) como indicação dos deputados estaduais. Mas perguntado se estará, de fato na disputa, Nilo é cauteloso e não bate o martelo. “Só serei candidato se tiver condições de disputar. Estou avaliando com os deputados e tomarei a decisão depois”, avisa.
O deputado deixa claro ainda, que concorrer ao TCM é o seu “plano A”. Como outra opção, ele diz que é se preparar para o pleito de 2026. “Tenho dois projetos: um, o TCM, e o outro disputar as eleições em 2026. Faltam 45 meses em vez de 48”, faz as contas.
O fator tempo, inclusive, foi tido como um dos fatores que fizeram Nilo ter apenas 65 mil votos e não conseguir se gabaritar para voltar à Câmara dos Deputados. Com o pouco tempo para fazer campanha e fortalecer sua candidatura após ser escanteado pelo ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) para a chapa para concorrer ao Executivo estadual no pleito de 2022, o deputado ficou em quarto na lista do seu partido. Neto escolheu a empresária Ana Coelho (Republicanos) como colega de chapa.
A expectativa era de que com a reforma administrativa da Prefeitura de Salvador apresentada por Bruno Reis (União Brasil) nesta segunda-feira, 16, a sigla de Nilo fosse agraciado com uma secretaria para a deputada federal eleita Rogéria Santos (Republicanos). Dessa forma, o experiente parlamentar conseguiria continuar em Brasília, mas isso não aconteceu. “Conversei com [Márcio] Marinho e Bruno [Reis]. Nunca pleitei. A decisão tem de ser dos dois, como foi”, destaca.
Ao falar sobre como fica a sua relação com a legenda, na qual entrou em março de 2022, após deixar o PSB por causa do rompimento com o então governador Rui Costa (PT), e com o presidente do Republicanos, o deputado federal Márcio Marinho, Nilo indica que deverá seguir na sigla como um “soldado”. “Eu entrei no partido para ser um soldado. Cheguei agora. Tenho de aceitar as decisões. Sou muito amigo de Márcio Marinho e respeitei a decisão dele”.
Já sobre os caminhos recentes que tomou na política e os próximos passos, Nilo lamenta: “Fiz tudo certo em 2022 e deu tudo errado. Paciência, vou aguardar 2026”.
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