BAHIA
União Brasil vai penalizar deputados que votarem com o governo na Alba
Executiva estadual do partido decidiu cortar fundo eleitoral dos parlamentares desobedientes
Por Eduardo Dias e Lula Bonfim
A Executiva estadual do União Brasil decidiu que vai penalizar os deputados estaduais da sigla que votarem com o governo Jerônimo Rodrigues (PT) na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
Conforme a decisão, firmada em uma reunião do comando da sigla, realizada na segunda-feira, 13, em Salvador, e encabeçada pelo ex-prefeito da capital baiana ACM Neto, o partido cortará o fundo eleitoral dos parlamentares no pleito deste ano.
A justificativa para o ato é para que os deputados não votem à favor de um pedido de empréstimo de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) enviado pelo governo.
No entanto, procurada pelo Portal A TARDE, a Secretaria Estadual do Planejamento (Sepan) afirmou que o projeto de lei enviado não se trata de um novo pedido de empréstimo, mas sim de uma alteração da destinação dos recursos acerca de um crédito autorizado em 2015, durante a gestão do ex-governador Rui Costa.
Caso a proposta seja aprovada, os R$ 2 bilhões adquiridos pela governo Rui poderão ser utilizados pelo governador Jerônimo Rodrigues apenas em programas estruturantes “relativos ao desenvolvimento de infraestruturas logísticas, institucionais e eficiência energéticas, à melhoria da mobilidade e acesso a oportunidades, à transição ecológica inclusiva para o crescimento sustentável, ao fortalecimento do planejamento e gestão do setor público, e aos investimentos previstos no Programa de Infraestrutura Sustentável do Estado da Bahia”, conforme diz o projeto de lei.
A medida adota pelo União Brasil tem gerado revolta entre os parlamentares do partido na Alba, que já têm alegado “voto de cabresto” por parte dos dirigentes da executiva estadual.
Nesta terça-feira, 14, o prfeito Bruno Reis comentou sobre a decisão do partido de multar os deputados.
"Olha, os deputados estaduais, justamente, somente aqueles que têm feito uma oposição coerente, racional, pretendam um tratamento diferenciado em relação a outros que não estão fazendo o mesmo papel e achem justo todos terem o fundo partidário. Colocaram essa demanda e a Executiva deliberou no sentido de que, efetivamente, aqueles que estão fazendo uma oposição mantendo a coerência, mantendo a posição política, terão tratamento diferenciado em relação a aqueles que não", disse o prefeito.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes