VALORIZAÇÃO DA HISTÓRIA
Vereador apresenta projeto para reformar terreiros de Salvador
A iniciativa tem como inspiração o projeto “Morar Melhor” da Prefeitura de Salvador
Por Da Redação
O vereador Antonio Carolino (Podemos), propôs ao Executivo Municipal, através do Projeto de Indicação nº 26/2023, mais uma política pública em prol das ações afirmativas de Salvador, maior cidade negra do mundo fora da África.
A proposta apresentada chama-se “Terreiro Legal” e prevê a reforma e qualificação dos terreiros da cidade, com um objetivo de criar mais um vetor de desenvolvimento social, emprego e renda, fortalecendo bandeiras de paz, antirracistas e combatendo a intolerância religiosa.
Como diz o vereador, a iniciativa é inspirada no “já exitoso projeto ‘Morar Melhor’”, vinculado à Secretaria Municipal de Infraestrutura e que já reformou mais de 47 mil casas em 370 localidades da capital baiana e tem o compromisso público do prefeito Bruno Reis (União Brasil) de receber ainda mais aporte de recursos em 2023, agora no valor de até R$11 mil reais por reforma”.
Para o vereador, que desempenhou a função de subsecretário de Reparação entre os anos de 2020 e 2021, “é correto considerar os templos de matrizes africanas como lugares de restauração de famílias, ativos culturais, núcleos de cidadania, logo, merecedores de deferência e investimentos por parte do poder público”.
Cultura e história
No projeto, Carolino propõe a concessão de R$ 20 mil a R$30 mil por templo para reformas e requalificação dos terreiros da cidade. “São espaços que possuem relevo histórico, acervos de valor inestimável e contam a história real, sem retoques e edição, da primeira capital do Brasil, sob a perspectiva simbólica e ancestral dos escravizados que hoje precisa da devida reparação e de protagonismo”, diz o vereador.
“Além de promover melhorias estéticas e estruturais nos templos de religião de matriz africana da cidade, tal medida visa acelerar e valorizar o processo de cadastramento de terreiros junto à Secretaria Municipal da Reparação. Números atualizados da Semur indicam que Salvador possui 847 Terreiros catalogados, destes 668 georreferenciados e 241 isentos de IPTU”, completa o vereador.
O autor do projeto diz ainda que é o próprio Estatuto da Igualdade Racial e Combate à Intolerância Religiosa do Município que dá amparo legal para que esta medida entre em vigor o quanto antes. Conforme o Artigo 37, “os templos religiosos de matriz africana no município de Salvador serão reconhecidos como patrimônio histórico e cultural de origem afro-brasileira, devendo o Poder Público adotar políticas específicas de proteção, valorização e qualificação do seu patrimônio material e imaterial”.
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