BAHIA
Viagem do governador à China pode ser decisiva para investimentos
Jerônimo Rodrigues embarca para o país asiático no final de semana
Por Lucas Franco e Eduardo Dias
VLT do Subúrbio e a antiga fábrica da Ford, em Camaçari, estão entre as principais demandas que serão levadas pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) na viagem para a China, na próxima semana. O chefe do Executivo baiano acompanhará a comitiva do presidente Lula ao país asiático.
A parceria entre o Governo Estadual e empresas chinesas está atrelada à grandes obras de intervenção na Bahia, a exemplo da ponte Salvador-Itaparica, instalação do VLT no Subúrbio, onde funcionava o antigo sistema ferroviário, e a possível chegada da empresa BYD, que deve assumir a indústria automobilística na Bahia, em substituição à fábrica da montadora Ford, que fechou as portas no estado em 2021.
Durante evento de entrega da 25ª Policlínica Regional de Saúde, em São Francisco do Conde, Jerônimo respondeu se sua ida à China pode trazer novidades quanto aos investimentos.
“[A BYD] É uma indústria de automóveis, que também produz metrôs, trens de alta tecnologia, nós temos duas possibilidades. Uma é o VLT, que eu peguei nesses dois meses e estamos vendo se dá para assinar logo na China e começar a obra. O outro é a vinda da empresa para ocupar o espaço da Ford. Quero deixar claro que é uma negociação entre duas empresas: a Ford e a BYD. Se dependesse da gente, já teria rolado a negociação. Eles estão tratando e a expectativa nossa é de que ao voltar da China já tenhamos resolvido isso. Se for preciso o Estado entrar para bancar terreno, ou algum tipo de investimento, eu farei isso para garantir que a BYD venha a se instalar em Camaçari”, afirmou o governador ao Portal A TARDE nesta quarta-feira, 22.
Jerônimo vai junto com a delegação presidencial, mas deve permanecer na China por mais tempo que o presidente, como adiantado por ele mesmo.
“O Lula vai, vamos com ele. Mas ele volta e eu continuo por lá. Ficarei por mais uma semana, acompanhando as empresas que faremos contatos”, disse, destacando sobre investimentos na área portuária, usando como exemplo o Estaleiro do Paraguaçu.
“Já passei isso para ele. Fizemos essa conversa com Lula, está na mesa dele para definir qual o tipo de suporte, de apoio, para a gente poder reanimar esse setor”, disse.
O governador também comentou sobre o impacto econômico do anúncio de suspensão de atividades da Siemens Gamesa na Bahia, empresa que atua no setor eólico do estado e quais estratégias o Estado pode adotar para uma eventual substituição de empresa.
“As decisões empresariais são sempre tomadas dentro do ambiente dos sócios, dos empresários. E a gente nem sempre é comunicado oficialmente. Lembro de uma vez que algumas empresas que saíram do Brasil e da Bahia que não anunciam para não atrapalhar os negócios e avisam muito em cima. Sobre a Siemens, não tem nada especial sobre isso e eu prefiro não criar especulação sobre isso. Na nossa ida à China vamos sim dialogar para saber o que o Estado pode fazer”, afirmou o governador.
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