Wagner na eleição de 2022 seria retrocesso, diz Fátima Mendonça

Pré-candidato a governador da Bahia até a definição de Jerônimo Rodrigues (PT) como o nome do grupo na disputa eleitoral, Jaques Wagner (PT) tomou a melhor decisão ao se manter no cargo de senador e participar do pleito como apoiador. A afirmação é da sua esposa, Fátima Mendonça, que disse enxergar o movimento de retorno ao Palácio de Ondina como um "retrocesso".

"Eu falava com ele [Jaques Wagner]: 'você não merece isso, há tanta gente mais nova'. Você é senador da República. Pode alçar outros voos, outras coisas, mas ser governador? Não entendo como seria", disse Fátima em entrevista ao podcast Metropod, nesta segunda-feira, 20.

Depois da desistência de Wagner em disputar o cargo de governador em 2022, no início daquele ano, uma articulação da base poderia levar o então chefe do Executivo Estadual, Rui Costa (PT), a renunciar ao cargo para entrar na disputa por uma cadeira do Senado, levando o então vice-governador João Leão (PP) a governar o estado por nove meses.

Com a manutenção de Rui no cargo e o anúncio de Otto Alencar (PSD) como candidato ao Senado novamente, o PP rompeu com a base do governo. Sem o apoio do Progressistas, mas com o apoio do MDB, que entrou na base durante o imbróglio, Jerônimo Rodrigues (PT) foi eleito governador e Otto Alencar foi reeleito senador por mais oito anos.