POLÍTICA
Bolsonaro corta 94% dos recursos de combate à violência contra mulher
Comparação é dos quatro anos de mandato com os quatro anos anteriores
O governo Bolsonaro, durante seus quatro anos de gestão, propôs no Orçamento da União 94% menos de recursos para políticas específicas de combate à violência contra a mulher do que nos quatro anos imediatamente anteriores. A comparação foi feita com os quatro anos anteriores, entre 2016 e 2019, que tiveram orçamentos enviados por Dilma Roussef e Michel Temer.
Entre 2020 e 2023, anos que englobam os projetos de Orçamento enviados ao Congresso pela atual gestão, foram indicados R$ 22,96 milhões para políticas específicas de combate à violência contra a mulher, já entre 2016 e 2019 esses recursos eram de R$ 366,58 milhões. A queda é de 94%.
As informações fazem parte de um levantamento do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), uma organização não governamental sem fins lucrativos. Os valores foram corrigidos pela inflação no período.
Apesar do valor proposto pelo governo Bolsonaro, o Congresso pode fazer ajustes nas discussões da lei orçamentária anual. Em 2022, por exemplo, o governo propôs R$, 6,3 milhões para políticas específicas de combate à violência contra a mulher. O Congresso elevou o valor para R$ 44, 3 milhões.
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