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Bolsonaro e Flávio visitaram miliciano Adriano Nóbrega na prisão

Ex-capitão do Bope era líder de um grupo de matadores de aluguel no Rio

Publicado sexta-feira, 23 de setembro de 2022 às 08:58 h | Autor: Da Redação
Adriano Nóbrega morreu em uma operação policial na Bahia em 2020
Adriano Nóbrega morreu em uma operação policial na Bahia em 2020 -

Mais detalhes da relação entre a família Bolsonaro e o miliciano Adriano da Nóbrega, seguem vindo à tona. Entre 2004 e 2005, o presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) e seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), fizeram, ao menos, duas visitas ao ex-capitão do Bope. As informações são da coluna de Juliana Dal Piva, no UOL. 

Adriano da Nóbrega era líder de um grupo de matadores de aluguel chamado de Escritório do Crime e também denunciado por participar de uma milícia em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro. As acusações aconteceram por parte do MP-RJ (Ministério Público do Rio).

A primeira visita relatada à coluna ocorreu durante um suposto motim de policiais que estavam presos no recém-criado Batalhão Especial Prisional (BEP), em 28 de outubro de 2004. 

Já a segunda aconteceu quando Nóbrega recebeu a medalha Tiradentes, a maior comenda do estado do Rio pela Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). A honraria foi um pedido de Flávio Bolsonaro, que foi responsável por entregar ao miliciano na prisão. Jair Bolsonaro também esteve presente na cerimônia. 

À coluna, a assessoria do presidente e do senador desse, por meio de nota, que "à época das homenagens era impossível prever que alguns desses policiais pudessem desonrar a farda".

Adriano Nóbrega morreu em uma operação policial na Bahia, em fevereiro de 2020, após passar um ano como foragido da Justiça. 

Nota da assessoria ao UOL:

"A pauta da segurança pública é e sempre foi uma bandeira importante para a família Bolsonaro. Ao longo de anos na política, sempre fizemos homenagem a policiais que se destacaram pelos serviços prestados à população. À época das homenagens, era impossível prever que alguns desses policiais pudessem desonrar a farda. 

Sobre o trabalho feito junto à Unidade Prisional da Polícia Militar, as ações foram públicas e amplamente divulgadas. Como a própria reportagem mostra, trabalhamos para resolver um conflito e evitar que a situação se desdobrasse em algo mais grave. Trabalhar para resolver uma crise e evitar prejuízos ao Estado não configura irregularidade, pelo contrário". 

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