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Bolsonaro: Queiroz não estava foragido e prisão foi "espetaculosa"

Publicado quinta-feira, 18 de junho de 2020 às 21:35 h | Atualizado em 21/01/2021, 00:00 | Autor: Rafael Vilela | Agência Brasil
Presidente ressaltou que não está envolvido na investigação | Foto: Reprodução | YouTube
Presidente ressaltou que não está envolvido na investigação | Foto: Reprodução | YouTube -

O presidente Jair Bolsonaro comentou nesta quinta-feira, 18, sobre a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho mais velho do presidente. Queiroz foi preso no início da manhã em Atibaia (SP), durante a Operação Anjo, coordenada pelos ministérios públicos de São Paulo e do Rio de Janeiro, e cumprida pela Polícia Civil dos dois estados. A operação está relacionada ao inquérito que apura a chamada "rachadinha", em que servidores da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) repassariam parte dos seus vencimentos ao então deputado estadual Flávio Bolsonaro.

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"Deixo bem claro, não sou advogado do Queiroz, e não estou envolvido nesse processo, mas o Queiroz não estava foragido e não havia nenhum mandado de prisão contra ele, e foi feita uma prisão espetaculosa", disse o presidente, durante sua live semanal transmitida nas redes sociais. "Parecia que estavam prendendo o maior bandido da face da Terra", completou.

Bolsonaro ainda afirmou que a presença de Queiroz em uma casa no interior de São Paulo seria por causa de um tratamento médico. "É perto do hospital onde faz tratamento de câncer", acrescentou o presidente. O imóvel, de acordo com o delegado da Polícia Civil de São Paulo Osvaldo Nico Gonçalves, responsável pela prisão, é de propriedade do advogado Frederick Wassef, que presta serviços para o senador Flávio Bolsonaro e também atuou como assistente no processo que investigou a facada sofrida pelo presidente ainda durante a campanha eleitoral de 2018.

O nome de Fabrício Queiroz consta em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que aponta uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta em nome do ex-assessor.

O relatório integrou a investigação da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, que prendeu deputados estaduais no início de novembro do ano passado.

Pelo Twitter, o senador Flávio Bolsonaro disse que encara a prisão do ex-assessor com tranquilidade e que "a verdade prevalecerá".

Contra outros suspeitos de participação no esquema (o servidor Matheus Azeredo Coutinho, os ex-funcionários Luiza Paes Souza e Alessandra Esteve Marins e o advogado Luis Gustavo Botto Maia), o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro obteve na Justiça a decretação de medidas cautelares que incluem busca e apreensão, afastamento da função pública, comparecimento mensal em juízo e a proibição de contato com testemunhas.

Durante a tarde, o advogado de Fabrício Queiroz, Paulo Emílio Catta Preta, classificou a prisão preventiva do seu cliente de medida jurídica exagerada e desnecessária.

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